Ser avô é muito mais que vivenciar um sorriso novo na velha família;
É retomar a capacidade singular de admirar a arte sobre todas as suas formas;
É reaprender a desenhar carros, aviões e casinhas;
É mais que passear novamente pelos corredores de artigos infantis nos supermercados;
É lembrar de um nome especial em cada pequeno brinquedo que se vê;
É descobrir o mar novamente e brincar no rasinho, pela primeira vez;
É fazer castelos de areia, com pontes e lagos, e depois derrubá-los, após intensa admiração, só para construí-los novamente;
É apontar para qualquer coisa que se movimente;
É adquirir um vigor incrível e te descobrir essencial;
É sentir novamente que coisas muito melhores ainda existem e estão por vir;
É aguçar o desejo pela descoberta, pelo inexplorável e intrigante universo;
É rir de tuas quedas e te orgulhar dos machucados;
Ser avô é entender como nunca e ninguém mais, a linguagem do olhar;
É ter a certeza de que muitas vezes é bom demais perder o bom senso e fazer o que não pode;
É entender que os questionamentos fazem parte de nossa existência e são os vilões da inquietude e da acomodação;
É esconder-te atrás de um paninho e ter a felicidade de perceber que alguém ainda te procura;
Ser vovô é perceber que caminham juntos, no mesmo sentido, e por caminhos já há muito percorridos por ti, no entanto, sempre fazendo de conta que também jamais os percorreu;
É, enfim, cumplicidade, fidelidade, renovação e, acima de tudo, um período novo para descobrir a infinita capacidade de amar que possuímos!
fonte.:Mário Arruda. www.advmarioarruda.adv.br/
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