MÚSICAS INESQUECÍVEIS

terça-feira, 30 de novembro de 2010

AIDS : COMBATE E PREVENÇÃO

De acordo com a Unicef, Cerca de 370 mil bebês nascem com o vírus HIV transmitido pela mãe em todo o mundo, sendo a maioria na África. A doença é a principal causa de morte de mulheres em idade fértil no mundo e uma das responsáveis pela mortalidade materna nos países com epidemia de aids.

Neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou novas orientações para o tratamento de gestantes e crianças portadoras do vírus, com o intuito de ampliar o acesso aos antirretrovirais a esses grupos.

Cerca de 16 milhões de pessoas no mundo consomem drogas injetáveis, das quais 3 milhões estão infectadas pelo vírus da Aids, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha. Segundo dados da Unaids (programa da ONU para o combate à doença), em 2009 cerca de 40% dos consumidores de drogas injetáveis viviam na China, na Rússia e nos Estados Unidos. No entanto, os viciados em drogas que têm o vírus da Aids são especialmente numerosos em 5 países: China, Malásia, Rússia, Ucrânia e Vietnã, aponta o relatório. O documento adverte que a injeção de drogas associada ao comércio do sexo aumenta o risco de difusão da Aids entre a população geral.

Relatório Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids ( Unaids ) mostra , pela primeira vez, um declíniona expansão da doença no mundo. Segundo o levantamento, 2,6 milhões de pessoas contraíram o vírus da Aids em 2009, um número quase 20%  menor que os 3,1 milhões  de  casos registrados  em 1999.

O documento revela ainda que, no ano passado, morreram 1,8 milhões de pessoas  em decorrência de doenças relacionadas à Aids.

A declaração do papa Bento XVI de que o uso da camisinha é justificado em alguns casos foi bem recebida por membros da igreja católica e autoridades de combate à aids de todo o mundo.A agência da ONU contra a aids, a Unaids, elogiou os comentários do papa, mas alertou que esse foi apenas o primeiro passo na direção de tornar o uso da camisinha aceitável entre os católicos. "Esse é um passo significativo e positivo tomado pelo Vaticano", afirmou o diretor executivo da Unaids, Michel Sidibe, em um comunicado. "A atitude reconhece que o comportamento sexual responsável e o uso de camisinha têm papel importante na prevenção do HIV", disse.

O 1º de dezembro foi escolhido para ser o Dia Mundial de Luta Contra Aids pela Assembleia Mundial de Saúde, em 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, a data entrou no calendário oficial a partir de 1988, por meio de uma portaria do Ministério da Saúde. A intenção de marcar esse dia é relembrar o combate à doença, despertar a consciência da necessidade da prevenção e aumentar a compreensão sobre a pandemia.

O médico infectologista e professor de medicina da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), Jean Gorinchteyn, lançou recentemente um livro intitulado "Sexo e Aids depois dos 50" no qual discute varias questões ligadas ao tema. Autoridade no assunto, o médico afirma que hoje 80% das pessoas comprometidas com o HIV são homens.

A mulher ainda é uma parcela muito pequena, pois vivenciam situações diferentes em relação aos homens, principalmente porque na terceira idade elas estão na menopausa, fase muito complicada que desencadeia problemas de libido, que reduzem a disposição para o sexo.

O infectologista alerta que a doença pode ser disseminada ainda de outras maneiras, sendo, por isso, um problema de cunho social. "Todos devem se conscientizar e é fundamental que todos usem a camisinha, não importa se jovens ou idosos, sendo que para este último grupo é importante reforçar que eles passem a ter o hábito da prevenção, pois os tempos mudaram".

Estima-se que para cada soropositivo existam outros cinco infectados com o vírus sem saber. No Brasil, a estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas pelo HIV, das quais 400 mil não conhecem sua sorologia.

O vírus HIV pode ser transmitido por relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas, de mãe para filho durante a gestação, o parto e a amamentação e por transfusão de sangue. “Ele não é transmitido pelo beijo, abraço, aperto de mão, portanto, as pessoas não devem ter preconceito em relação aos soropositivos”.


CURIOSIDADE:
A tuberculose ainda é um dos grandes desafios da saúde pública do mundo contemporâneo. É considerada a quarta causa de morte por doenças infecciosas e a primeira em pacientes com HIV positivo.

ALGUNS SITES INTERESSANTES SOBRE AIDS:

http://209.143.138.53/positivo -> Site da Lista Positivos
http://members.tripod.com/cedus -> Site do Cedus
http://www.pelavidda.org.br/ -> Grupo PelaVidda
http://www.ibase.org.br/~abia -> Site da ABIA
http://www.aborda.org/ -> Redução de Danos

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO


O QUE É?
É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.


A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto-estima.

Devemos combater firmemente esta situação por constituir uma violência psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos.

A violência moral no trabalho constitui um fenômeno internacional segundo levantamento recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) com diversos paises desenvolvidos. A pesquisa aponta para distúrbios da saúde mental relacionado com as condições de trabalho em países como Finlândia, Alemanha, Reino Unido, Polônia e Estados Unidos.

O basta à humilhação depende também da informação, organização e mobilização dos trabalhadores. Um ambiente de trabalho saudável é uma conquista diária possível na medida em que haja "vigilância constante" objetivando condições de trabalho dignas, baseadas no respeito ’ao outro como legítimo outro’, no incentivo a criatividade, na cooperação.

O que a vítima deve fazer?

•Resistir: anotar com detalhes toda as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário).

•Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.

•Organizar. O apoio é fundamental dentro e fora da empresa.

•Evitar conversar com o agressor, sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante sindical.

•Exigir por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao D.P. ou R.H e da eventual resposta do agressor. Se possível mandar sua carta registrada, por correio, guardando o recibo.

•Procurar seu sindicato e relatar o acontecido para diretores e outras instancias como: médicos ou advogados do sindicato assim como: Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos e Conselho Regional de Medicina (ver Resolução do Conselho Federal de Medicina n.1488/98 sobre saúde do trabalhador).

•Recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos Trabalhadores e contar a humilhação sofrida ao médico, assistente social ou psicólogo.

•Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais para recuperação da auto-estima, dignidade, identidade e cidadania.

Consequências do Assédio Moral à Saúde

Entrevistas realizadas com 870 homens e mulheres vítimas de opressão no ambiente profissional revelam como cada sexo reage a essa situação (em porcentagem)

Sintomas                                      Mulheres                               Homens

Crises de choro                               100                                         -

Dores generalizadas                           80                                        80

Palpitações, tremores                         80                                        40

Sentimento de inutilidade                    72                                        40

Insônia ou sonolência excessiva         69,6                                     63,6

Depressão                                         60                                        70

Diminuição da libido                          60                                         15

Sede de vingança                              50                                        100

Aumento da pressão arterial              40                                         51,6

Dor de cabeça                                  40                                         33,2

Distúrbios digestivos                         40                                          15

Tonturas                                           22,3                                         3,2

Idéia de suicídio                                16,2                                     100

Falta de apetite                                 13,6                                        2,1

Falta de ar                                        10                                         30

Passa a beber                                     5                                         63

Tentativa de suicídio                            -                                         18,3
As emoções são constitutivas de nosso ser, independente do sexo. Entretanto a manifestação dos sentimentos e emoções nas situações de humilhação e constrangimentos são diferenciadas segundo o sexo: enquanto as mulheres são mais humilhadas e expressam sua indignação com choro, tristeza, ressentimentos e mágoas, estranhando o ambiente ao qual identificava como seu, os homens sentem-se revoltados, indignados, desonrados, com raiva, traídos e têm vontade de vingar-se. Sentem-se envergonhados diante da mulher e dos filhos, sobressaindo o sentimento de inutilidade, fracasso e baixa auto-estima. Isolam-se da família, evitam contar o acontecido aos amigos, passando a vivenciar sentimentos de irritabilidade, vazio, revolta e fracasso.

Passam a conviver com depressão, palpitações, tremores, distúrbios do sono, hipertensão, distúrbios digestivos, dores generalizadas, alteração da libido e pensamentos ou tentativas de suicídios que configuram um cotidiano sofrido. É este sofrimento imposto nas relações de trabalho que revela o adoecer, pois o que adoece as pessoas é viver uma vida que não desejam, não escolheram e não suportam.
www.assediomoral.org/spip.php?article1

ORDEM E PROGRESSO SIM !


"Ordem e Progresso" é o lema nacional da República Federativa do Brasil a partir do momento de sua formação. A expressão é o lema político do Positivismo, forma abreviada do lema de autoria do positivista francês Auguste Comte: "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim" (em francês L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but.). Seu sentido é a realização dos ideais republicanos: a busca de condições sociais básicas (respeito aos seres humanos, salários dignos etc.) e o melhoramento do país (em termos materiais, intelectuais e, principalmente, morais).

Foram numerosas as influências do positivismo na organização formal da República brasileira, entre elas o dístico Ordem e Progresso da bandeira; a separação da Igreja e do Estado; o decreto dos feriados; o estabelecimento do casamento civil e o exercício da liberdades religiosa e profissional; o fim do anonimato na imprensa; a revogação das medidas anticlericais e a reforma educacional proposta por Benjamin Constant.

A Ordem e o Progresso , vão além de palavras e conceitos , é o lema de uma nação toda. Este povo brasileiro que acorda cedo e dorme tarde, que ri, que chora, que vibra, que sofre...que mantém a fé em dias melhores  sempre. A Ordem que me refiro, é a disciplina, é o respeito às instituições, às leis, a ordem certa das coisas, o espelho da moral e costumes,  a razão acima de tudo , o caminho, a prudência, o balizamento de nossas atitudes etc. Falar do progresso , é redundante, é ver nosso país atravessar a linha da pobreza, é ver nosso país celeiro do mundo, é ver as conquistas sociais, é ver o povo acreditar que podemos , é aceitar o que fomos, como somos e o que podemos, é o progresso  industrial, econômico, político, é ver a solidariedade deste povo,  é ver a força produtiva do trabalhador brasileiro, é o planejamento , a  inteligência nata do povo brasileiro , a criatividade.

Realmente o cidadão consciente preocupa-se com o destino da sua nação. Todos os brasileiros querem viver dentro do Brasil "Ordem e Progresso", por uma questão de bandeira. O hino nacional fala de uma esperança de paz no futuro. É impossível falar neste assunto sem dizer que Jesus Cristo é a nossa Paz e o Condutor desta nação que tanto é  amada e que vibra quando alguns por ela se entrega à luta e alcançam vitórias de maneira honesta, estes sim são verdadeiros heróis da nação.



Que a “Ordem e Progresso” proporcione condições  para uma aprendizagem constante e para novas conquistas,  baseadas na realidade, revelando as  aptidões de cada brasileiro , desenvolvendo suas habilidades, fazendo sentir-se participante na construção de uma sociedade melhor.
 
O princípio da Ordem e Progresso se divide em dois: um de caráter moral, que é o amor, e o outro de caráter estrutural, que é a ordem, tendo o progresso como finalidade; uma máxima com objetivo da ética, da justiça e da estrutura de vida em sociedade enquanto Estado.


Uma definição da mais bonita e nobre que a condução política de uma república democrática poderia ter.

É interessante observar que o lema inserido na bandeira se aplica muito bem ao gerenciamento de projetos onde existe sempre um equilíbrio instável entre o caos, a ordem, a improvisação e o progresso. Em todo projeto, no seu início, reina o caos e procura-se através do planejamento o estabelecimento da ordem. A ordenação cria a base para o progresso que acaba gerando novamente o caos que requererá um novo choque de ordem através do monitoramento e controle. E, com esse processo chega-se ao final de um projeto bem sucedido.

CARANDIRU


Inaugurada em 1956 pelo então governador Jânio Quadros, a Casa de Detenção de São Paulo foi projetada para abrigar 3,25 mil presos. Depois disso, sofreu reformas e sua capacidade máxima passou a ser 6,3 mil detentos. Desde 1975, ela deixou de cumprir o seu objetivo inicial, que era apenas de abrigar as pessoas à espera de julgamento. A população da Casa de Detenção chegou perto de 7 mil, mas teve picos de superlotação de 8 mil presos. Ao longo de seus 46 anos, o presídio se tornou o maior da América Latina.

No dia 2 de outubro de 1992, o pavilhão 9 da Casa de Detenção Carandiru foi o cenário de um dos episódios mais sangrentos da história penitenciária mundial. Eram 2.069 internos no Pavilhão 9 de Carandirú no dia da rebelião.Segundo entidades de direitos humanos, apenas 15 guardas penitenciários faziam a vigilância do local. O caso ainda é alvo de controvérsia. De um lado, a polícia  diz que agiu no estrito cumprimento do dever. Do outro, grupos de direitos humanos acreditam que houve intenção de exterminar os presos e reclamam que ninguém foi punido.

A rebelião teve início com uma briga de presos no Pavilhão 9 da Casa de Detenção. A intervenção da Polícia Militar, liderada pelo coronel Ubiratan Guimarães, tinha como justificativa acalmar a rebelião, mas acabou por realizar uma verdadeira chacina no local. Sobreviventes afirmam que o número de mortos é superior ao divulgado e que a Polícia estava atirando em detentos que já haviam se rendido ou que estavam se escondendo em suas celas, alguns presos se misturaram aos cadáveres para fingir que estavam mortos e tentar sobreviver. As lembranças ficaram nas paredes das celas, na memória dos sobreviventes e dos familiares dos mortos. Nenhum dos sessenta e oito policiais envolvidos no massacre foram mortos.

A chacina teve repercussão internacional por causa da violência, pela quantidade de mortos e pela forma de atuação da polícia.

O coronel da reserva Ubiratan Guimarães, que comandou a invasão da Polícia Militar na Casa de Detenção, foi condenado, em junho de 2001, a 632 anos de prisão pela morte de 102 dos mortos e cinco tentativas de homicídio. No ano seguinte, ele foi eleito deputado estadual por São Paulo, após a sentença condenatória, durante o trâmite do recurso da sentença de 2001. Por este motivo, o julgamento do recurso foi realizado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça, ou seja, pelos 25 desembargadores mais antigos do estado de São Paulo, em 15 de fevereiro de 2006. O Órgão reconheceu, por vinte votos a dois, que a sentença condenatória, proferida em julgamento pelo Tribunal do Júri, continha um equívoco. Essa revisão acabou absolvendo o réu. A absolvição do réu causou indignação em vários grupos de direitos humanos, que acusaram o fato de ser um "passo para trás" da justiça brasileira.


O episódio que ficou conhecido como Massacre do Carandiru completou dezoito anos . No dia 9 de dezembro de 2002, três pavilhões foram implodidos, no ano de 2005, 200 quilos de explosivos colocaram abaixo mais dois pavilhões , o 2 e o 5. Dois foram preservados para manter a memória dos 46 anos de história do presídio.  Um parque público, com centros de cultura, lazer e de formação profissional, ocupou o espaço da antiga penitenciária.

Desativação


Mais do que a aquisição de uma nova área de esporte e lazer, a instalação de um parque na área ocupada durante 46 anos pela Casa de Detenção do Complexo Penitenciário do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, significou alívio para moradores da região.


Em 2002, iniciou-se o processo de desativação do Carandiru, com a transferência de presos para outras unidades. Hoje o presídio já se encontra totalmente desativado .

O governo do estado de São Paulo construiu um grande parque no local, o Parque da Juventude, além de instituições educacionais e de cultura. Um de seus pavilhões foi reaproveitado para ser instalado no edifício a Escola Técnica Estadual do Parque da Juventude, popularmente chamada de Etec Parque da Juventude.

BALANÇO DA TRAGÉDIA:

• 111 presos mortos (é o número oficial, apesar de ex-detentos insistirem em mais de 200).

• 103 vítimas de disparos.
• 8 vítimas de objetos cortantes.
• 0 policial morto.
• 130 detentos feridos.
• 23 policiais feridos.
• 515 tiros disparados.
• 120 policiais indiciados.
• 86 policiais julgados.

O FIM DO CORONEL:
Por volta das 22h30min de 10 de setembro de 2006, um dos assessores de Ubiratan o encontrou morto, com um tiro, em seu apartamento nos Jardins, em São Paulo. Aparentemente não havia sinais de luta corporal no local, e a porta dos fundos estava apenas encostada.

O corpo do coronel estava deitado de barriga para cima, coberto apenas por uma toalha. O tiro acertou a parte debaixo do mamilo direito e saiu pelas costas.

A polícia começou a investigar a morte do coronel e passou a suspeitar da namorada dele, a advogada Carla Cepollina. Carla chegou a ser acusada pelo assassinato do coronel, mas a Justiça decidiu arquivar o caso antes de chegar a julgamento. Para o juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, não havia provas suficientes para que Carla fosse acusada. Até hoje, ninguém foi preso pela morte de Ubiratan Guimarães.

No muro do prédio onde morava foi pichado "aqui se faz, aqui se paga", com referência ao Massacre do Carandiru que o Coronel foi o comandante da operação.

Fonte:Wikipedia
super.abril.com.br/.../conteudo_397676.shtml

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A MARCHA ,A LIBERAÇÃO DA MACONHA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

cannabis spp leaf3 Maconha   Liberar ou não?
A Marcha da Maconha começou em 1994. Mais de 485 cidades participam desde então. A Marcha da Maconha ( do inglês Global Marijuana March) é um evento que ocorre anualmente em diversos locais do mundo. Trata-se de um dia de luta e manifestações favoráveis a mudanças na lei de drogas, em favor da legalização da cannabis, regulamentação de comércio e uso. Ocorre mundialmente no primeiro final de semana do mês de maio. Marchas, reuniões, caminhadas, encontros, concertos, festivais, mesas de debates, entre outros. Ocorre mundialmente no primeiro final de semana do mês de maio.

"Não há crime de apologia quando o que se pretende é discutir uma política pública, seja a de participação popular no poder, seja a de saúde, seja a fundiária, etc. Não importa muito o teor do pensamento, da argumentação que será expressa no locus público. Para a Constituição, o que importa é a liberdade de fazê-lo. O Judiciário, nem qualquer outro Poder da República, pode se arrogar a função de censor do que pode ou do que não pode ser discutido numa manifestação social. Quem for contra o que será dito, que faça outra manifestação para dizer que é contra e por que. (...) O que não podem fazer é tentar impedi-la. Isso sim, seria inconstitucional, atentatório à ordem pública e às liberdades públicas." (Processo nº 2009.001.090247-7, decisão de 14/04/2009).
Dr. Luis Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho, Juiz do IV Juizado Especial Criminal da Comarca do Rio de Janeiro.

O mercado global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões e nada vai para os cofres públicos.Outras drogas como o tabaco e o álcool, por sua vez, rendem boas quantias ao Governo devido aos impostos pagos. Por isso, o a legalização da maconha torna-se interessante. Existem cerca de 200 milhões de usuários regulares de drogas no mundo. Desses, 160 milhões fumam maconha.

O argumento apresentado é focado em lógica de mercado: gastam-se bilhões de dólares por ano, mata-se, prende-se, mas o tráfico se sofistica. Com a mudança, os governos focariam sua ação no combate à repressão sobre o crime organizado e, paralelamente, fariam campanhas de prevenção voltadas aos jovens com linguagem clara e argumentos consistentes.

DEBATE:

O cigarro e o álcool só são drogas lícitas (liberadas) porque o poder público daqui e da maciça maioria dos países não conseguiu coibir o uso, uma vez que álcool e tabaco viciam muito mais rápido que a maconha.

O problema é mais complicado do que parece à primeira vista. A maconha afeta o cérebro do usuário de maneira diferente do que faz o cigarro comum de tabaco. Os números mostram que as maiores vítimas de uma eventual liberação da maconha seriam os jovens e adolescentes. O álcool, liberado, já foi consumido por quase metade de todos os indivíduos nessa faixa etária. Já a maconha, hoje proibida, tem baixa penetração entre os adolescentes. E é melhor que assim permaneça segundo os especialistas - inclusive os que defendem a liberação de seu uso terapêutico e científico.

O consumo da maconha por pessoas em fase de desenvolvimento pode provocar danos permanentes. Dependendo da quantidade consumida, os problemas que a droga causa à memória de curto prazo  podem se intensificar e prejudicar também a memória de longo prazo.

De acordo com o Portal Boletim Jurídico, o consumo oral da maconha implica efeitos psicológicos similares aos expressados na forma fumada, porém em maior intensidade e duração, e com efeitos nocivos potencializados. Afirma ainda que o principal inconveniente para o uso estritamente médico da cannabis, é o chamado efeito “globo” ou “muito doido”, que consiste em um transtorno das conexões nervosas que produz um fenômeno de dispersão mental, debilitando a memória imediata e dispersando as faculdades discursivas. O efeito psicotrópico da cannabis, similar ao de outras substancias como o LSD, Peiote, Psilocibina, consiste basicamente em uma sensibilidade incrementada que leva também a uma certa falta de equilíbrio e de segurança psíquica do sujeito, acompanhada de uma “alteração do estado de consciência”.

Quem discorda com a legalização, afirma que se a discriminalização ocorrer , o número de dependentes aumentaria e mais pessoas sofreriam de psicoses, esquizofrenia e dos males associados à droga. “Como a maconha faz mal para os pulmões, acarreta problemas de memória e, em alguns casos, leva à dependência, não deve ser legalizada”, afirma Elisaldo Carlini, médico psicofarmacologista do Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (Cebrid). “Legalizá-la significaria torná-la disponível e sujeita a campanhas de publicidade que estimulariam seu consumo”, concluiu o médico.

ALGUNS BENEFÍCIOS DA MACONHA:
01. Câncer :A Associação Americana para Pesquisa do Câncer descobriu, em um de seus projetos, que a maconha é capaz de desacelerar de maneira considerável o crescimento de tumuroes nos pulmões, seios e cérebro.
02. Crises convulsivas: A maconha, vista como relaxante muscular, é um ótimo “remédio” em casos de pessoas que sofrem convulsões. Atualmente, existem relatos provando que, em alguns casos, a “Cannabis sativa” foi a única responsável no combate a estas crises.
03. Esclerose Múltipla: Relatos vêm sendo criados sobre o poderoso benefício proporcionado pela maconha nos tratamentos de esclerose múltipla, onde um dos casos mais famosos é o do ex-apresentador Montel Williams. A marijuana age diretamente contra os efeitos neurológicos e espasmos musculares causados pela doença fatal.
04. Tensão Pré-Menstrual (TPM): Assim como no tratamento de doenças crônicas, a maconha é um excelente remédio para aquelas que sofrem na TPM, sendo pra lá de eficaz no alívio das dores provocadas pela cólica.

ALGUNS MALEFÍCIOS DA MACONHA:
01. Os efeitos psíquicos: são os mais variados , pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta de atenção.

02.Reduz a defesa das pessoas às doenças.

03.A perda de memória e distúrbios graves no sono .

04.A maconha diminui as defesas contra infecções, afeta testículos e ovários aumentando a chance de ocorrer infertilidade.

05.Há dificuldades para lidar com frustrações e sua capacidade de diálogo, atenção, concentração, produção e relacionamento pioram muito.

06.Taquicardia, xerostomia, agitação, falta de coordenação motora , bronquite e tosse.

 07.Risco de alucinação ou delírios.

jornaldedebates.uol.com.br/canal/liberacao-maconha
www.mundogump.com.br/maconha-liberar-ou-nao/
 www.uniad.org.br/index.php?...liberacao-da-maconha...

domingo, 28 de novembro de 2010

GUERRA BIOLÓGICA

Na Antigüidade e na Idade Média a guerra biológica era praticada através do uso das substâncias tóxicas originárias de organismos vivos. Os Exércitos usavam corpos em decomposição para contaminar o abastecimento de água de uma cidade sitiada, ou atiravam dentro das muralhas inimigas cadáveres de vítimas de doenças como varíola ou peste bubônica (conhecida na Idade Média como peste negra).

Guerra biológica - consiste no uso de microorganismos ou de toxinas, como arma de guerra para incapacitar ou matar um adversário. Atualmente, essas armas podem ser bactérias (ou suas toxinas), vírus e fungos fabricados em laboratórios.

A criação e armazenamento de armas biológicas foi proibida pela Convenção sobre Armas Biológicas (BWC) de 1972. Até maio de 1997, o acordo foi assinado por 159 países, dos quais 141 já o ratificaram, inclusive o Brasil. A ideia subjacente a este acordo é evitar o devastador impacto de um ataque bem sucedido, que poderia concebivelmente resultar em milhares, possivelmente milhões de mortes e causar roturas severas a sociedades e economias.

Algumas das principais doenças envolvidas em guerra biológica e como elas podem ser transmitidas?

A varíola é uma arma biológica  terrível. A Organização Mundial da Saúde a considerou erradicada em 1977 e em 1980 recomendou que se abandonasse a vacinação obrigatória. Com isto praticamente todos estão susceptíveis a um novo ataque. Entretanto, cepas foram guardadas em laboratórios de segurança máxima nos Estados Unidos e na ex-União Soviética. A contaminação pode se dar pelas gotículas ou aerossóis expelidos pela orofaringe de pessoas infectadas, contato direto com as vesículas, que contém grande quantidade de vírus, ou por roupas de cama e outros fómites recentemente contaminados.

A toxina botulínica é o mais potente veneno biológico conhecido. Uma grama desta toxina uniformemente dispersada e inalada, mataria mais de um milhão de pessoas. é produzida naturalmente pelo Clostridium botulinum, bactéria habitante natural do solo. A doença ocorre por ingestão de alimentos contaminados ou por inoculação em feridas. No bioterrorismo seria empregada por inalação, mas poderia contaminar alimentos. Não é difícil a sua aquisição, pois foi licenciada para o tratamento de várias patologias. Certamente são realizadas pesquisas no Irã, Coréia do Norte, Síria e Iraque, tendo este país armazenado quantidade suficiente para matar toda a população mundial.

A peste é uma doença de roedores, mas que atinge humanos pela picada das pulgas infectadas ou por gotículas respiratórias dos pacientes que desenvolvem a forma pulmonar. Ratos mortos e fuga destes vetores para a espécie humana era o prelúdio das grandes epidemias do passado. O uso como arma biológica viria da sua disseminação intencional por aerossois. A OMS acredita que 50Kg lançados sobre uma cidade de 5 milhões de habitantes causariam 150.000 episódios de peste pneumônica, com cerca de 36.000 óbitos. A fuga da população exposta disseminaria o pânico e a doença.

SAIBA:
O emprego de doenças como armas é assustador, pois a tecnologia de produção de agentes biológicos com potencial de uso bélico não é difícil para alguns países. O uso desses agentes biológicos pelos terroristas para instalar o medo, causa insegurança coletiva, pânico e caos social.
O desconhecimento dos principais agentes biológicos aumenta o medo e gera pânico. Por exemplo para ocorrer o anthrax o microorganismo deve ser friccionado sobre as lesões da pele, engolido ou inalado na forma de pó fino e aerossóis. Esta doença não é transmitida de pessoa a pessoa. Para ocorrer contaminação como oculto, ele deve ser aerossolizado em partículas muito pequenas.

A escolha de uma arma biológica leva em consideração três características principais, a saber: a maior capacidade de disseminação de produtos ou agentes infecciosos por ar, água, solo e/ou entre pessoas; o quanto de medo e caos gera na população atingida; as grandes dificuldades para seu controle.

Hoje, as condições para diagnosticar uma epidemia, e as condições de controlar a disseminação dos diversos agentes infecciosos torna-se bastante complexo visto que as aglomerações urbanas, pobreza e outros fatores sociais e econômicos são empecilhos graves para contenção de epidemias.

A quantidade de vacinas para todos os trabalhadores da área de saúde e para a população, dependendo do microrganismo não é suficiente. A população também não está preparada nem tem conhecimento de profilaxia para um caso de emergência, não teríamos pessoal suficientemente treinado para manuseio e cuidado de indivíduos contaminados nos grandes centros. Para evitar uma contaminação em massa, basta ter a velocidade de reação, ou seja, identificar, isolar e tratar os doentes com o máximo de urgência.

É importante ressaltar que as instituições de saúde tenham um planejamento estratégico visando acontecimentos nos quais existam ataques bioterroristas e emergências por acidentes ou cataclismos que afetem a saúde da população. Esta deverá ser preparada e informada para se organizar imediatamente em relação a estes acontecimentos. A mídia deverá ser uma ferramenta que estará disponível para alertar e estabelecer vínculo de apoio aos indivíduos, comunidades e instituições públicas e privadas.

www.ccih.med.br/guerra-biologica.html
www.mundovestibular.com.br/...GUERRA-BIOLOGICA/Paacutegina1.html
Bibliografia:

* SCHATZMAYR , H; Febre amarela: a doença e a vacina, uma história inacabada. Livro coordenado por Jaime Benchimol, Editora Fiocruz.
* REY, L; Dicionário de medicina e saúde. Editora Guanabara Koogan
* VERONESI, R; Doenças infecciosas e parasitárias. Editora Guanabara.
Por: Fiocruz

FIZERAM ACREDITAR...



"Fizeram Acreditar"...

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez,

geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado,

nem chega com hora marcada.


Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de

uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra

metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida

merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta:

a gente cresce através da gente mesmo.

Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.


Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em

um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que

funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo

indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação

saudável.


Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados,

e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só

não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.


Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser

feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à

marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as

pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo

pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver

muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar

por alguém"

(John Lennon)

sábado, 27 de novembro de 2010

MUDANÇA DE SEXO





















Se aceitar num corpo que não parece seu é muito mais complicado do que se imagina. E o que pode soar bizarro mexe com o psicológico de uma maneira que só mesmo estando na pele para saber.

O caso dos transexuais é característico nesse sentido. Trata-se da não aceitação do que se vê no espelho. E da vontade gigante de mudar.

Algumas pessoas sentem que seus corpos e mentes não combinam muito bem. Esse sentimento é comumente conhecido como transexualismo, um tipo de distúrbio de identidade de gênero. Os transexuais são insatisfeitos com suas identidades sexuais, características corporais ou papel relacionado ao gênero. Eles desejam viver como o gênero oposto e podem transformar seus corpos por meio de uma cirurgia de redesignação de gênero, um conjunto de procedimentos comumente conhecido como "mudança de sexo". Essas cirurgias também são chamadas de cirurgias de reconstrução sexual ou genital ou cirurgia de confirmação de gênero ou de afirmação de sexo.

Estima-se que um em cada 11.900 homens e uma em cada 30.400 mulheres sejam transexuais adultos [fonte: Padrões de Cuidado da WPATH (em inglês)]. Lynn Conway, um professor emérito da Universidade de Michigan, estima que um em cada 2.500 cidadãos dos Estados Unidos tenha passado pela cirurgia de redesignação de gênero masculino para feminino [fonte: Advocate (em inglês)].

Até agora, o Conselho Federal de Medicina reconhecia o tratamento de mudança de sexo para mulheres - ou transgenitalismo de adequação do fenótipo feminino para masculino - apenas em caráter experimental. Mas uma decisão recente mudou o cenário. As novas regras e regulamentos para a cirurgia de readequação autorizam retirada de mama, útero e ovários. A resolução faz com que a cirurgia não seja mais considerada crime de mutilação, como era previsto pelo artigo 129 da Constituição. Agora, seria uma correção para atender ao conforto do transexual (no caso, o transmasculino).

O tratamento de construção de pênis (neofaloplastia) continua um procedimento experimental. "Entendemos que o procedimento é de resultados estéticos e funcionais ainda questionáveis" apontou o relator da resolução 1955/2010 e conselheiro federal, Edvard Araújo.

Para os transexuais, a novidade é uma vitória, já que reconhece o direito a mudança de sexo. Segundo Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), existem muitos casos em que o transexual se mutila, por rejeitar o próprio corpo. "A medicina pode ajudar a construir a cidadania das pessoas independentemente da identidade de gênero", disse. Conforme o texto da decisão, o transexual tem um desvio psicológico que o faz não se conformar com o seu corpo. Essa rejeição pode levar até ao suicídio.

Os transexuais comemoram a decisão em todo o país. Carla Amaral, diretora-presidente do Transgrupo Marcela Prado (associação de travestis e transexuais de Curitiba, no Paraná), festeja a ampliação no atendimento. "A importância maior está na possibilidade agora dessas cirurgias serem realizadas pelo Sistema Único de Saúde", diz. Segundo ela - que é transfeminina (nasceu homem) e espera há mais de 10 anos pela cirurgia pelo SUS - muito mais do que um sonho, a mudança de sexo é uma necessidade para muita gente. Ela ainda comenta as cirurgias de reconstrução de pênis, ainda não aprovada por falta de estudos mais aprofundados. "A técnica é mesmo muito complicada e difícil. Criar, a partir de uma vagina, um neofalo, exige muito estudo e coragem. Por isso entendemos a decisão do CFM".

O próprio CFM lembra ainda o caso de Cristyane Oliveira, uma das pioneiras da cirurgia no país, com o processo concluído em 2002, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS). Hoje Cristyane trabalha como secretária, é casada e diz realizada. "A cirurgia foi uma janela para realizar um sonho. Não me sinto mais mulher, a cirurgia me fez sentir mais cidadã".

Seleção e pré-requisitos:

Segundo informou o Conselho Federal de Medicina, a seleção das pacientes para cirurgia - assim como funciona com os homens (transfemininos) - continua obedecendo a avaliação de equipe multidisciplinar, com psiquiatra, cirurgião, endocrinologista, psicólogo e assistente social. O acompanhamento deve ser de, no mínimo, dois anos. Apenas maiores de 21 anos podem fazer a cirurgia, depois de diagnóstico médico e se tiver características físicas apropriadas.

Ainda de acordo com a entidade, agora qualquer hospital público ou privado poderá fazer a cirurgia, que antes era realizada apenas por clínicas particulares e em caráter experimental. A resolução anterior (1652/2002) determinava que os procedimentos só poderiam ser realizados em hospitais universitários ou públicos. Esse tipo de procedimento já é regulamentado para os homens e, desde 2008, é oferecido gratuitamente nos hospitais públicos.

AINDA É ASSIM:
O processo de redesignação de gênero ou mudança de sexo começa muito antes da cirurgia. São cinco passos: avaliação do diagnóstico, psicoterapia, experiência de vida real, terapia de hormônio e cirurgia.

Um transexual começa se consultando com um profissional de saúde mental que realiza sessões de psicoterapia e formula um diagnóstico. Para se tornar um candidato à cirurgia de redesignação de gênero, um indivíduo precisa antes ser diagnosticado com Transtorno de Identidade de Gênero (DIG). A Classificação Internacional de Doenças-10 (ICD-10) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais, quarta edição (DSM-IV) consideram o transexualismo um Transtorno de identidade de gênero.

Existe uma grande discussão com relação a considerar transexualismo como uma doença ou não. Mesmo assim, de acordo com a classificação internacional de doenças, versão 10 (ICD-10), o diagnóstico de transexualismo (F64.0) em um adulto requer que 3 critérios sejam satisfeitos:


•Desejo de viver e ser aceito como membro do sexo oposto, normalmente acompanhado pelo desejo de fazer com que o corpo seja o mais congruente possível com o sexo preferido, através de cirurgia e tratamento hormonal.

•Este desejo esteve presente persistentemente por pelo menos 2 anos.

•O transtorno não é sintoma de nenhum transtorno mental ou abnormalidade cromossômica.

O transexualismo não é mais considerado uma doença mental na França, primeiro país no mundo que o retira da lista das patologias psiquiátricas, segundo um decreto publicado no Diário oficial no dia 10 de fevereiro de 2010.


DIREITOS:
DIREITO CONSTITUCIONAL. TRANSEXUALISMO. INCLUSÃO NA TABELA SIH-SUS DE PROCEDIMENTOS MÉDICOS DE TRANSGENITALIZAÇÃO. PRINCÍPIO DA IGUALDADE E PROIBIÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO POR MOTIVO DE SEXO. DISCRIMINAÇÃO POR MOTIVO DE GÊNERO. DIREITOS FUNDAMENTAIS DE LIBERDADE, LIVRE DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE, PRIVACIDADE E RESPEITO À DIGNIDADE HUMANA. DIREITO À SAÚDE. FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO.

1 – A exclusão da lista de procedimentos médicos custeados pelo Sistema Único de Saúde das cirurgias de transgenitalização e dos procedimentos complementares, em desfavor de transexuais, configura discriminação proibida constitucionalmente, além de ofender os direitos fundamentais de liberdade, livre desenvolvimento da personalidade, privacidade%proteção à dignidade humana e saúde.

2 – A proibição constitucional de discriminação por motivo de sexo protege heterossexuais, homossexuais, transexuais e travestis, sempre que a sexualidade seja o fator decisivo para a imposição de tratamentos desfavoráveis.

3 – A proibição de discriminação por motivo de sexo compreende, além da proteção contra tratamentos desfavoráveis fundados na distinção biológica entre homens e mulheres, proteção diante de tratamentos desfavoráveis decorrentes do gênero, relativos ao papel social, à imagem e às percepções culturais que se referem à masculinidade e à feminilidade.

4 – O princípio da igualdade impõe a adoção de mesmo tratamento aos destinatários das medidas estatais, a menos que razões suficientes exijam diversidade de tratamento, recaindo o ônus argumentativo sobre o cabimento da diferenciação.

vilamulher.terra.com.br/cirurgia-para-troca-de-sexo-pelo-sus-3-1-31-433. html
Por Sabrina Passos (MBPress)
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

TRISTE PÁGINA DA HISTÓRIA BRASILEIRA


Bombas no Riocentro

Mililtares "patriotas" fracassam em matar inocentes, num show de música popular no Rio Centro. Havia no Riocentro uma multidão de 18.000 pessoas, assistindo a um show artístico em homenagem ao Dia do Trabalhador. No momento da eclosão - 21 h20m - cantava Elba Ramalho.

A explosão ocorreu dentro de um automóvel puma, na noite de 30 de abril de 1981, com a bomba no colo do Sargento do Exército Guilherme Pereira do Rosário, cuja morte foi instantânea. Ao lado do sargento, no volante, estava o Capitão Wilson Luiz Chaves Machado, o qual, ato contínuo, sai do Puma segurando vísceras à altura do estômago.

Havia no Riocentro uma multidão de 18.000 pessoas, assistindo a um show artístico em homenagem ao Dia do Trabalhador. No momento da eclosão - 21 h20m - cantava Elba Ramalho.

Somente, pois, não aconteceram o pânico e a histeria coletivos porque o explosivo estourou no colo do sargento. O plano visava exatamente a multidão. Tanto que uma segunda bomba explodiu alguns minutos depois na casa de força do Riocentro. Sua carga não foi suficiente para afetar os dispositivos produtores da iluminação e o show continuou, sem o público ficar sabendo do que se passara. 



Na tarde daquele dia o sargento e o capitão tinham sido vistos no restaurante Cabana da Serra, na estrada Grajaú -Jacarepaguá. Garçons suspeitaram tratar-se de assaltantes de bancos, porquanto estavam à paisana, armados e a examinar um mapa. Chamaram a polícia. Compareceram dois soldados da rádio-patrulha. Os estranhos identificaram-se como agentes da Polícia Federal. Em face disto os garçons apenas anotaram as chapas dos seus veículos, entre estes o Puma - placa OT-0279. O encontro, ali, do sargento e do capitão, viria depois a ser por este confirmado.

Guilherme e Wilson chegaram ao Riocentro faltando dois minutos para as 21 horas. O capitão pagou o bilhete de n.º 64.270 a fim de estacionar o seu carro. Às 21 h07m o comerciário João de Deus Ferreira Ramos estaciona seu Volkswagen ao lado direito do Puma chapa OT-0279 e cumprimenta seus dois ocupantes, mas nem o Sargento Rosário nem o Capitão Machado respondem. Ferreira Ramos diz ter certeza da hora exata porque já estava atrasado para o show e se confessa "um maníaco por horários". No final do show, estarrecido ao saber da explosão, ele contaria seu encontro com os dois militares. Nos dias seguintes, porém, o comerciário passaria a fugir da imprensa para não falar do caso. Mas acabou depondo.

Esse depoimento é importantíssimo porque revela que, no mínimo sete e no máximo doze minutos antes da explosão da bomba no colo do sargento, este e o capitão se encontravam no Puma, já que às 21 h15m/21 h20m, "o Capitão Wilson Luiz Chaves Machado liga o motor do seu automóvel, engata a marcha a ré e começa a sair da vaga onde estivera estacionado. Dentro do pavilhão de espetáculos, a cantora Elba Ramalho ainda não terminou seu número; distante dali, na bilheteria do estacionamento, Tenente César Wachulec está contrariado: além de ter sido afastado da chefia de segurança, ele constata que a Polícia Militar não enviou os soldados que havia solicitado. O pátio do estacionamento está despoliciado. O carro do Capitão Machado percorre poucos metros. Mal saiu da vaga e uma bomba explode em seu Interior" . 



Aproximadamente vinte e cinco minutos depois, uma neta do Senador Tancredo Neves - Andréa Neves da Cunha, que acabara de chegar para o show, com seu noivo Sérgio Vali e - leva em seu carro o capitão para o hospital Lourenço Jorge. Mas os médicos preferem atendê-Io no Hospital Miguel Couto e o conduzem para ali. Apesar da gravidade dos ferimentos o capitão escapa.

Na ocasião o governo culpou radicais da esquerda pelo atentado. Essa hipótese já não tinha sustentação na época e atualmente já se comprovou, inclusive por confissão, que o atentado no Riocentro foi uma tentativa de setores mais radicais do governo (principalmente doCIE e o SNI) de convencer os setores mais moderados do governo de que era necessária uma nova onda de repressão de modo a paralisar a lenta abertura política que estava em andamento.

Esse episódio é um dos que marcam a decadência do regime militar no Brasil, que daria lugar dali a quatro anos ao restabelecimento da democracia.


Várias medidas estranhas tomadas no dia em que se realizaria o show indicam que o atentado envolveu a participação estratégica de muitas pessoas, militares e civis, e que já vinha sendo planejado detalhadamente pelo menos um mês antes.
Foi aberto um inquérito policial militar sobre o caso, e o indicado para presidi-lo foi o coronel Luís Antônio do Prado Ribeiro. Pouco tempo depois, ele já estava convencido de que os passageiros do carro eram os autores do atentado. No entanto, Ribeiro renunciou à presidência do inquérito, possivelmente por pressão de membros da "comunidade de informação".
O coronel Job Lorena de Sant'Anna assumiu em seu lugar. O coronel havia comparecido ao enterro de Rosário, onde leu um discurso que declarava que ele fora vítima de um ato terrorista, corroborando a versão divulgada inicialmente pelo Exército, embora várias evidências a desmentissem.
Novas provas surgiram dezoito anos depois daquilo que poderia ter sido o maior atentado terrorista urbano da história do Brasil. Após três meses de investigações, o general Sérgio Conforto, encarregado do novo inquérito policial-militar (IPM) do Riocentro, encerrou seu trabalho apontando a responsabilidade de quatro militares pelo atentado. O coronel Wilson Machado, que estava no Puma que explodiu, foi indiciado por homicídio qualificado, por ter assumido o risco de uma ação que poderia causar a morte de Guilherme (pena de 12 a 30 anos). Wilson Machado foi indiciado também pela antiga Lei de Segurança Nacional, crime que está prescrito. O general da reserva Newton Cruz, ex-chefe da Agência Central do SNI, foi indiciado por falso testemunho (dois a seis anos) e desobediência (um a seis meses). Newton Cruz foi indiciado também por prevaricação e condescendência criminosa, mas só responderá por falso testemunho e desobediência. Conforto concluiu que havia provas para indiciar o sargento Guilherme do Rosário, morto na explosão, e o coronel Freddie Perdigão, chefe da agência do SNI do Rio em 1981 e que morreu em 1997. Descobriu-se que Freddie Perdigão havia planejado o atentado.
"O evento fazia parte das comemorações que entidades de esquerda organizaram para o Dia do Trabalho, naquele 30 de abril de 1981, no Riocentro, Rio de Janeiro.

O efeito da bomba, porém, não foi imediato: Gonzaguinha, Chico Buarque e Alceu Valença seguiram cantando. Não pararam nem quando outro artefato estourou na estação elétrica – e este poderia ter cessado o som e as luzes, instalando o caos. Mal colocado, no entanto, o explosivo passou quase despercebido.

O episódio marcou a melancólica derrocada da Ditadura Militar instaurada em 1964. Apesar dos laudos oficiais dizerem que o capitão e o sargento atingidos dentro do veículo foram surpreendidos pelo artefato, mais tarde comprovou-se – não oficialmente – o que já se fazia entender.
Eles cumpriam plano de uma ala do Exército que não aceitava a “abertura lenta e gradual” proposta pelo presidente Figueiredo. Se mostrassem que a Esquerda era terrorista e perigosa, um contra-ataque ditatorial estaria novamente justificado".

Fonte: CMI Brasil

pt.wikipedia.org/wiki/Atentado_do_Riocentro
www.almanaquebrasil.com.br/.../bomba-do-riocentro-saiu-pela-culatra/

FAVELAS

É uma área degradada de uma determinada cidade caracterizada por moradias precárias, falta de infraestrutura e sem regularização fundiária. Segundo a Organização das Nações Unidas, a percentagem da população urbana que vive em favelas diminuiu de 47 por cento para 37 por cento no mundo em desenvolvimento, no período entre 1990 e 2005. No entanto, devido ao crescimento populacional e ao aumento das populações urbanas, o número dos moradores de favelas ainda é crescente. Um bilhão de pessoas no mundo vivem em favelas e esse número provavelmente irá crescer para 2 bilhões em 2030. Outro relatório da ONU, divulgado em 2010, apontou que 227 milhões de pessoas deixaram de viver em favelas na década de 2000.

O termo "favela" tem sido tradicionalmente referido a áreas de habitação que já foram respeitáveis, mas que se deterioraram quando os habitantes originais foram deslocados para novas e melhores partes da cidade, porém o termo também é aplicado aos vastos assentamentos informais encontrados nas cidades do mundo nos países subdesenvolvidos e desenvolvidos. 

Os favelados não são proprietários jurídicos das terras que ocupam . Contestam as formas institucionais que regem o direito ao uso do solo urbano, na medida que pela necessidade de morar, de sobreviver, ocupam cotidianamente um pedaço de chão.As favelas são, para a população, uma estratégia de sobrevivência. Uma saída, uma iniciativa, que levanta barracos de um dia para outro, contra uma ordem desumana, segregadora. Uma iniciativa que desmistifica o mito da apatia do povo: é apático o indivíduo que luta para sua sobrevivência, que busca resgatar sua cidadania usurpada?

O que continua como característica essencial é a irregularidade da propriedade das terras. A terra foi ocupada ilegalmente. Os moradores não são os proprietários legais, porém a ocupação torna-se cada vez mais legitimada pelo próprio poder público. Sem condições de "resolver" a falta de moradias e pressionado pelos moradores, o poder público mantém programas de urbanização de favelas. Os moradores lutam pelo direito de concessão real de uso ou usucapião urbano.

Algumas pesquisas apontam para a existência de aproximadamente duzentas mil favelas espalhadas pelo planeta, abrigando, hoje, cerca de um milhão de pessoas. Daqui a trinta anos será o dobro: dois bilhões de seres humanos vivendo abaixo da linha de pobreza. As favelas caracterizam-se pela mistura de etnias, costumes, culturas e naturalidades. Para seus moradores, são a única opção de sobrevivência, mas para eles, via de regra, não existem títulos de propriedade, ordenamento nas construções nem assistência do Estado.Os riscos ambientais são inúmeros, como a exposição a resíduos tóxicos, falta de saneamento básico e segurança. Faz parte da realidade destes moradores marginalizados, a informalidade, o desemprego, a criminalidade, o crescimento do fanatismo religioso e da disseminação de doenças.

Estima-se que a população mundial estará girando em torno de 8 bilhões em 2030, o que significa que um quarto da população poderá estar vivendo em favelas.

O aumento previsto é resultado de um processo de urbanização rápido e desorganizado, sobretudo no mundo em desenvolvimento. Cerca de 60% dos moradores de favela do mundo estarão na Ásia, principalmente na Índia, Paquistão e Bangladesh. A África é responsável por 24% desse total. Outros 14% estão na América Latina, a maior parte no Brasil. Os dirigentes do programa ONU-Habitat, que realizou o estudo, dizem que os anos 90 essistiram a um rápido aumento da população favelada, e observam que a existência de favelas deveria "envergonhar o mundo inteiro".

Muitos governos ao redor do mundo têm tentado resolver os problemas das favelas através de despejos e desapropriações e sua substituição por habitações modernas e com saneamento muito melhor. A deslocação de favelas é beneficiado pelo fato de que muitos desses assentamentos precários não têm direitos de propriedade e, portanto, não são reconhecidos pelo Estado. Este processo é especialmente comum em países em desenvolvimento. A remoção de favelas muitas vezes toma a forma de desapropriação e de projetos de renovação urbana, e muitas vezes os ex-moradores não são bem-vindos na nova habitação.
Os críticos argumentam que as desapropriações de favelas tendem a ignorar os problemas sociais que causam a favelização e simplesmente redistribuem a pobreza para regiões de menor valor imobiliário. Quando as comunidades são retiradas das áreas de favelas para uma nova habitação, a coesão social pode ser perdida. Se a comunidade original for movida de volta em novas habitações, depois desta ter sido construída no mesmo local, os moradores das novas casas enfrentam os mesmos problemas de pobreza e impotência.

pt.wikipedia.org/wiki/Favela
favelasdomundo.blogspot.com/