É uma área degradada de uma determinada cidade caracterizada por moradias precárias, falta de infraestrutura e sem regularização fundiária. Segundo a Organização das Nações Unidas, a percentagem da população urbana que vive em favelas diminuiu de 47 por cento para 37 por cento no mundo em desenvolvimento, no período entre 1990 e 2005. No entanto, devido ao crescimento populacional e ao aumento das populações urbanas, o número dos moradores de favelas ainda é crescente. Um bilhão de pessoas no mundo vivem em favelas e esse número provavelmente irá crescer para 2 bilhões em 2030. Outro relatório da ONU, divulgado em 2010, apontou que 227 milhões de pessoas deixaram de viver em favelas na década de 2000.
O termo "favela" tem sido tradicionalmente referido a áreas de habitação que já foram respeitáveis, mas que se deterioraram quando os habitantes originais foram deslocados para novas e melhores partes da cidade, porém o termo também é aplicado aos vastos assentamentos informais encontrados nas cidades do mundo nos países subdesenvolvidos e desenvolvidos.
Os favelados não são proprietários jurídicos das terras que ocupam . Contestam as formas institucionais que regem o direito ao uso do solo urbano, na medida que pela necessidade de morar, de sobreviver, ocupam cotidianamente um pedaço de chão.As favelas são, para a população, uma estratégia de sobrevivência. Uma saída, uma iniciativa, que levanta barracos de um dia para outro, contra uma ordem desumana, segregadora. Uma iniciativa que desmistifica o mito da apatia do povo: é apático o indivíduo que luta para sua sobrevivência, que busca resgatar sua cidadania usurpada?
O que continua como característica essencial é a irregularidade da propriedade das terras. A terra foi ocupada ilegalmente. Os moradores não são os proprietários legais, porém a ocupação torna-se cada vez mais legitimada pelo próprio poder público. Sem condições de "resolver" a falta de moradias e pressionado pelos moradores, o poder público mantém programas de urbanização de favelas. Os moradores lutam pelo direito de concessão real de uso ou usucapião urbano.
Algumas pesquisas apontam para a existência de aproximadamente duzentas mil favelas espalhadas pelo planeta, abrigando, hoje, cerca de um milhão de pessoas. Daqui a trinta anos será o dobro: dois bilhões de seres humanos vivendo abaixo da linha de pobreza. As favelas caracterizam-se pela mistura de etnias, costumes, culturas e naturalidades. Para seus moradores, são a única opção de sobrevivência, mas para eles, via de regra, não existem títulos de propriedade, ordenamento nas construções nem assistência do Estado.Os riscos ambientais são inúmeros, como a exposição a resíduos tóxicos, falta de saneamento básico e segurança. Faz parte da realidade destes moradores marginalizados, a informalidade, o desemprego, a criminalidade, o crescimento do fanatismo religioso e da disseminação de doenças.
Estima-se que a população mundial estará girando em torno de 8 bilhões em 2030, o que significa que um quarto da população poderá estar vivendo em favelas.
O aumento previsto é resultado de um processo de urbanização rápido e desorganizado, sobretudo no mundo em desenvolvimento. Cerca de 60% dos moradores de favela do mundo estarão na Ásia, principalmente na Índia, Paquistão e Bangladesh. A África é responsável por 24% desse total. Outros 14% estão na América Latina, a maior parte no Brasil. Os dirigentes do programa ONU-Habitat, que realizou o estudo, dizem que os anos 90 essistiram a um rápido aumento da população favelada, e observam que a existência de favelas deveria "envergonhar o mundo inteiro".
Muitos governos ao redor do mundo têm tentado resolver os problemas das favelas através de despejos e desapropriações e sua substituição por habitações modernas e com saneamento muito melhor. A deslocação de favelas é beneficiado pelo fato de que muitos desses assentamentos precários não têm direitos de propriedade e, portanto, não são reconhecidos pelo Estado. Este processo é especialmente comum em países em desenvolvimento. A remoção de favelas muitas vezes toma a forma de desapropriação e de projetos de renovação urbana, e muitas vezes os ex-moradores não são bem-vindos na nova habitação.
Os críticos argumentam que as desapropriações de favelas tendem a ignorar os problemas sociais que causam a favelização e simplesmente redistribuem a pobreza para regiões de menor valor imobiliário. Quando as comunidades são retiradas das áreas de favelas para uma nova habitação, a coesão social pode ser perdida. Se a comunidade original for movida de volta em novas habitações, depois desta ter sido construída no mesmo local, os moradores das novas casas enfrentam os mesmos problemas de pobreza e impotência.
pt.wikipedia.org/wiki/Favela
favelasdomundo.blogspot.com/
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