MÚSICAS INESQUECÍVEIS

domingo, 28 de novembro de 2010

GUERRA BIOLÓGICA

Na Antigüidade e na Idade Média a guerra biológica era praticada através do uso das substâncias tóxicas originárias de organismos vivos. Os Exércitos usavam corpos em decomposição para contaminar o abastecimento de água de uma cidade sitiada, ou atiravam dentro das muralhas inimigas cadáveres de vítimas de doenças como varíola ou peste bubônica (conhecida na Idade Média como peste negra).

Guerra biológica - consiste no uso de microorganismos ou de toxinas, como arma de guerra para incapacitar ou matar um adversário. Atualmente, essas armas podem ser bactérias (ou suas toxinas), vírus e fungos fabricados em laboratórios.

A criação e armazenamento de armas biológicas foi proibida pela Convenção sobre Armas Biológicas (BWC) de 1972. Até maio de 1997, o acordo foi assinado por 159 países, dos quais 141 já o ratificaram, inclusive o Brasil. A ideia subjacente a este acordo é evitar o devastador impacto de um ataque bem sucedido, que poderia concebivelmente resultar em milhares, possivelmente milhões de mortes e causar roturas severas a sociedades e economias.

Algumas das principais doenças envolvidas em guerra biológica e como elas podem ser transmitidas?

A varíola é uma arma biológica  terrível. A Organização Mundial da Saúde a considerou erradicada em 1977 e em 1980 recomendou que se abandonasse a vacinação obrigatória. Com isto praticamente todos estão susceptíveis a um novo ataque. Entretanto, cepas foram guardadas em laboratórios de segurança máxima nos Estados Unidos e na ex-União Soviética. A contaminação pode se dar pelas gotículas ou aerossóis expelidos pela orofaringe de pessoas infectadas, contato direto com as vesículas, que contém grande quantidade de vírus, ou por roupas de cama e outros fómites recentemente contaminados.

A toxina botulínica é o mais potente veneno biológico conhecido. Uma grama desta toxina uniformemente dispersada e inalada, mataria mais de um milhão de pessoas. é produzida naturalmente pelo Clostridium botulinum, bactéria habitante natural do solo. A doença ocorre por ingestão de alimentos contaminados ou por inoculação em feridas. No bioterrorismo seria empregada por inalação, mas poderia contaminar alimentos. Não é difícil a sua aquisição, pois foi licenciada para o tratamento de várias patologias. Certamente são realizadas pesquisas no Irã, Coréia do Norte, Síria e Iraque, tendo este país armazenado quantidade suficiente para matar toda a população mundial.

A peste é uma doença de roedores, mas que atinge humanos pela picada das pulgas infectadas ou por gotículas respiratórias dos pacientes que desenvolvem a forma pulmonar. Ratos mortos e fuga destes vetores para a espécie humana era o prelúdio das grandes epidemias do passado. O uso como arma biológica viria da sua disseminação intencional por aerossois. A OMS acredita que 50Kg lançados sobre uma cidade de 5 milhões de habitantes causariam 150.000 episódios de peste pneumônica, com cerca de 36.000 óbitos. A fuga da população exposta disseminaria o pânico e a doença.

SAIBA:
O emprego de doenças como armas é assustador, pois a tecnologia de produção de agentes biológicos com potencial de uso bélico não é difícil para alguns países. O uso desses agentes biológicos pelos terroristas para instalar o medo, causa insegurança coletiva, pânico e caos social.
O desconhecimento dos principais agentes biológicos aumenta o medo e gera pânico. Por exemplo para ocorrer o anthrax o microorganismo deve ser friccionado sobre as lesões da pele, engolido ou inalado na forma de pó fino e aerossóis. Esta doença não é transmitida de pessoa a pessoa. Para ocorrer contaminação como oculto, ele deve ser aerossolizado em partículas muito pequenas.

A escolha de uma arma biológica leva em consideração três características principais, a saber: a maior capacidade de disseminação de produtos ou agentes infecciosos por ar, água, solo e/ou entre pessoas; o quanto de medo e caos gera na população atingida; as grandes dificuldades para seu controle.

Hoje, as condições para diagnosticar uma epidemia, e as condições de controlar a disseminação dos diversos agentes infecciosos torna-se bastante complexo visto que as aglomerações urbanas, pobreza e outros fatores sociais e econômicos são empecilhos graves para contenção de epidemias.

A quantidade de vacinas para todos os trabalhadores da área de saúde e para a população, dependendo do microrganismo não é suficiente. A população também não está preparada nem tem conhecimento de profilaxia para um caso de emergência, não teríamos pessoal suficientemente treinado para manuseio e cuidado de indivíduos contaminados nos grandes centros. Para evitar uma contaminação em massa, basta ter a velocidade de reação, ou seja, identificar, isolar e tratar os doentes com o máximo de urgência.

É importante ressaltar que as instituições de saúde tenham um planejamento estratégico visando acontecimentos nos quais existam ataques bioterroristas e emergências por acidentes ou cataclismos que afetem a saúde da população. Esta deverá ser preparada e informada para se organizar imediatamente em relação a estes acontecimentos. A mídia deverá ser uma ferramenta que estará disponível para alertar e estabelecer vínculo de apoio aos indivíduos, comunidades e instituições públicas e privadas.

www.ccih.med.br/guerra-biologica.html
www.mundovestibular.com.br/...GUERRA-BIOLOGICA/Paacutegina1.html
Bibliografia:

* SCHATZMAYR , H; Febre amarela: a doença e a vacina, uma história inacabada. Livro coordenado por Jaime Benchimol, Editora Fiocruz.
* REY, L; Dicionário de medicina e saúde. Editora Guanabara Koogan
* VERONESI, R; Doenças infecciosas e parasitárias. Editora Guanabara.
Por: Fiocruz

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