MÚSICAS INESQUECÍVEIS

sábado, 30 de outubro de 2010

NINFOMANIA



A ninfomania, caracterizada por um apetite sexual excessivo, é um transtorno psiquiátrico - não existem razões biológicas para explicar sua origem. De acordo com o Código Internacional de Doenças (CID), a ninfomania é considerada uma compulsão, não relacionada à produção de hormônios sexuais. Assim como a compulsão por comida, bebida ou por compras, ela acontece quando a paciente (não existem homens ninfomaníacos) não consegue controlar seu impulso - no caso da ninfomania, por sexo. No entanto, a medicina não tem critérios numéricos para classificar a partir de que momento uma mulher se torna ninfomaníaca. "O diagnóstico é feito quando há incômodo da paciente. Ela procura muitos parceiros sexuais, mas não consegue se satisfazer. Na literatura médica, há relatos de pacientes que tiveram até 50 relações sexuais em um mesmo dia", de acordo com alguns especialistas na área psiquiátrica. Geralmente, a mulher com compulsão por sexo já apresenta comportamento compulsivo desde criança, seja por doces ou por outros objetos. "O mecanismo da compulsão é o mesmo, só muda o objeto". E, apesar da prática intensa, as ninfomaníacas não são boas de cama, afinal não transam por prazer, e sim por vício.

A ninfomania implica em uma descompensação do desejo sexual feminino. A mulher sente um apetite intenso demais, permeado por fantasias sexuais que a perseguem a ponto de prejudicar suas atividades cotidianas. Esta perturbação psíquica enquadra-se nos transtornos conhecidos como Desejo Sexual Hiperativo (DSH) e se expressa através de uma ausência do controle da sexualidade.

Como se manifesta o Desejo Sexual Hiperativo?

A pessoa espontaneamente apresenta um nível elevado de desejo e de fantasias sexuais, aumento de freqüência sexual com compulsividade ao ato, controle inadequado dos impulsos e grande sofrimento. Preocupa-se a tal ponto com seus pensamentos e sentimentos sexuais que acaba por prejudicar suas atividades diárias e relacionamentos afetivos. Em geral não apresenta disfunções sexuais (como ejaculação precoce ou impotência), funcionando relativamente bem como um todo. Engaja-se em atividade masturbatória ou no coito, mesmo sob risco de perder os seus relacionamentos amorosos (busca de alta rotatividade de parceiros) ou a própria saúde (Hepatite B e C, HIV).

Hoje em dia, com o maior acesso aos meios de comunicação como internet, encontramos uma nova modalidade de hipersexualidade: compulsão sexual virtual (sexo virtual), atingindo mais de 2.000.000 de pessoas que gastam dezenas de horas frente ao computador navegando em sites de sexo.

O Desejo Sexual Hiperativo é uma síndrome que se pode originar de diferentes causas. Por vezes, é visto como um problema de adicção e dependência ao sexo. Pode ser encarado como um problema de comportamento mal adaptado, onde o acto repetitivo de busca de prazer sexual foi aprendido ao longo da vida como tranquilizante, diminuindo sentimentos de ansiedade, medo e solidão. Também podemos compreender esse distúrbio como uma doença, com alterações anormais no balanço de substâncias neurais (neurotransmissores).

Tem tratamento??

Normalmente é o psiquiatra ou o terapeuta sexual que é procurado ou indicado para esse tipo de transtorno.

As linhas de tratamento podem ser empregadas isoladas, mas tem se recorrido muito a tipos de tratamentos combinados, como o uso de medicação concomitantemente à psicoterapia cognitivo comportamental ou focal. Os grupos de apoio tem demonstrado grande utilidade como terapia adjuvante.

Algumas drogas podem ser utilizadas nos casos em que a compulsão ao sexo é predominante, como os Inibidores da Recaptação da Serotonina.

Para aquelas pessoas que apresentam sintomas de voyeurismo ou exibicionismo, a psicoterapia de orientação analítica é a mais indicada, exigindo maior tempo de tratamento.

Em casos mais graves, onde a compulsão coloca outras pessoas também em risco (como abuso sexual ou estupro), pode-se fazer uso de algumas medicações a base de hormônios (progesterona) que inibam o desejo sexual. Em alguns casos, a internação do paciente se faz necessária para contenção de riscos.

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