MÚSICAS INESQUECÍVEIS

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

TRADIÇÃO NORDESTINA :

 Declaração do Centro de Tradições Nordestinas

"A preservação da cultura brasileira e suas raízes são primordiais para a construção de nossa identidade, esse é o nosso papel. Nós somos a nossa cultura. Somos Barrocos, Aleijadinhos e Sacis. Somos Índios, Negros e Europeus. Somos Cordel, Maracatu, Samba, Atabaque e Capoeira. Estamos descritos nos versos de Patativa, nas músicas de Luiz Gonzaga e nas histórias de Jorge o nosso Amado. Somos Macunaíma, temos as nossas Vidas Secas e vivemos no Grande Sertão Vereda. Este é o nosso RG, o nosso Curriculum Vitae, que está impresso nas digitais da alma brasileira. Só assim nos reconheceremos e seremos reconhecidos. Com uma cultura forte e viva enfrentaremos a globalização sem esquecermos que somos brasileiros..." . Acesse: cultura@ctn.org.br

Cultura pode ser definida como o conjunto formado pela linguagem, crenças, hábitos, pensamento e arte de um povo. Outra definição de cultura se refere mais estritamente às artes de caráter mais erudito: literatura, pintura, escultura, arquitetura e artes decorativas.

              UM POUCO DA VASTA CULTURA E TRADIÇÃO NORDESTINA

Uma das maneiras que nosso povo nordestino tem para mostrar a sua cultura e tradição é através do artesanato. Os artesões são pessoas que fazem sua arte usando apenas as mãos e/ou instrumentos simples. Eles sabem aproveitar coisas velhas e transformá-las em lindas obras. Para isso eles se utilizam de vidros, latas, madeira, papelão, barro, estopa, etc.

A criatividade desses artistas da terra está estampada em inúmeros trabalhos. Como exemplos podemos citar: bordados, rendas de bilros, cerâmicas, pinturas, esculturas, estandartes, cabeças de coco, artefatos de cipó-canela, labirinto, produção de redes e mantas, crochês, balaios e outros tipos de cestos, talhas, vestuário e batik (tecido de algodão, trabalhado com cera, parafina e tinta concentrada, caracterizado pela temática nordestina), jóias, confecção de barcos e outros tipos de transporte, objetos de couro, de madeira, de lata, de barro, de sisal, de estopa, de palha, de metal e de osso, etc.

O artesanato e o artesão são encontrados em todos os Estados Nordestinos. Eles estão nas feiras livres, nos museus, nas galerias, em casas comerciais, mercados de artesanato e oficinas artesanais.

FOLCLORE
O vastíssimo folclore regional também é uma outra forma de expressão popular que retrata a alma e a cultura. Ele dispõe de vários ritmos, danças e uma mistura de cores impressionante, sendo um dos mais ricos e variados do Brasil. Essas danças e folguedos as vezes estão ligados às comemorações religiosas. Cada festa popular tem seu calendário e características próprias. E cada cidade encontra um modo alegre e festivo de comemorá-las.

O Boi de reis, a nau catarineta, a lapinha, as festas juninas, as cantoria de violeiros, o coco-de-roda, a ciranda, a banda de pifes, a vaquejada, as quadrilhas, o pastoril, o serra-velho, o maracatu, o cavalo marinho, a literatura de cordel, o frevo e o joão redondo ou babau são exemplos dessas manifestações. Os gestos e xingamentos, apelidos, inscrições em caminhão, jogos infantis, brincadeiras, cantos, decoração, indumentária, usos e costumes, medicina popular (meisinha), etc. , são outros elementos folclóricos que correspondem ao dia-a-dia da população.

CULINÁRIA
O Nordeste brasileiro possui uma das culinárias mais ricas em sabores, aromas e cores, reflexo da culinária brasileira, sendo o maravilhoso resultado da fusão aculturada de hábitos alimentares do português colonizador, do indígena espoliado e do escravo africano, através de pratos gostosos que falam das raízes e que simbolizam a região, sofrendo constantes modificações de cunho local, econômico, político e cultural.Os hábitos alimentares nesta região são determinados por diversos fatores, entre eles o fato de todos os seus estados serem banhados pelo mar estimulando o consumo de peixes,camarões, lagostas, lulas e mariscos na região litorânea. Cidades próximas a mangues, rios e lagoas desfrutam da fartura de caranguejos, pitus e sururus. Já no interior nordestino,tradicionalmente, há o costume de se consumir carne de bode, de carneiro e de boi, sendo esta última, em especial, sob a forma de carne-de-sol ou carne-seca, se diferenciando de acordo com o teor de sal que apresentam. Da agricultura, de modo geral, obtém-se em abundância:coco de dendê, jerimum, macaxeira, milho e frutas, como abacaxi, acerola, cajá, caju,carambola, ciriguela, coco, goiaba, graviola, jaca, manga, mangaba, maracujá, pitanga, sapoti.

Eles também se alimentam de tubérculos, raízes e farinha. A farinha de mandioca, por sinal, para o nordestino, ocupa o mesmo lugar que o pão e o trigo em outras culturas. Ela é completamente obrigatória em muitos alimentos, ora engrossando os molhos, ora complementando o sabor das comidas.

CORDEL
No Brasil, o cordel surgiu na segunda metade do século XIX e expandiu-se da Bahia ao Pará, antes de alcançar outros Estados. Os folhetos, vendidos nas feiras, tornaram-se a principal fonte de divertimento e informação para a população, que via neles o jornal e a enciclopédia, de maneira quase simultânea. O cordel é valorizado como expressão poética de alta significação por escritores do porte de Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Mario de Andrade, João Cabral de Melo Neto, motivando (e continua a motivar) estudos e pesquisas nas áreas de Antropologia, Folclore, Lingüística, Literatura, História, entre outras.

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