A apnéia do sono é uma desordem comum que pode ser muito séria. Durante apnéia do sono a respiração pára ou fica muito fraca quando a pessoa dorme. Cada pausa na respiração dura geralmente entre 10 a 20 segundos, ou mais. Essas pausas podem ocorrer de 20 a 30 vezes ou mais a cada hora.
Quando o sono durante a noite é perturbado, a pessoa pode ficar bastante sonolenta durante o dia. Com apnéia do sono, a pessoa não tem um sono tranqüilo porque:
* Os rápidos episódios de apnéia ocorrem muitas vezes.
* A pessoa pode ter rápidas quedas de níveis de oxigênio no corpo.
* A pessoa vai do sono profundo para o superficial várias vezes durante a noite, resultando em queda na qualidade do sono.
Pessoas com apnéia do sono freqüentemente têm ronco alto. Porém, nem todas as pessoas que roncam têm apnéia.
Mais de 10% da população acima de 65 anos apresentam apnéia obstrutiva do sono. Num estudo publicado em 1993, entre americanos de 30 a 60 anos, 9% das mulheres e 24% dos homens apresentavam índices de distúrbio iguais ou maiores do que 5. Cerca de 2% das mulheres e 4% dos homens queixavam-se também de sonolência durante o dia.
Até as crianças podem apresentar apnéia do sono em 1% a 3% dos casos.
Os sintomas mais comuns são ronco, episódios visíveis de interrupção da respiração e sono excessivo durante o dia. O ronco pode ser excessivamente alto e interferir com o sono dos outros. Portadores de sintomas mais graves costumam acordar com sensação de sufocamento, refluxo esofágico, boca seca, espasmo da laringe e vontade de urinar.
A mortalidade entre os portadores da síndrome é significativamente mais alta entre os que não recebem tratamento adequado ou entre aqueles que apenas roncam sem experimentar momentos de apnéia. Diversos estudos mostraram que a síndrome está associada a aumento na incidência de infartos do miocárdio, derrames cerebrais e arritmias cardíacas.
Hipertensão arterial é encontrada em 70% a 90% dos que sofrem de apnéia do sono. Ao contrário, 30% a 35% dos pacientes que apresentam hipertensão essencial são também portadores de apnéia do sono.
As recomendações tidas como medidas gerais incluem a instituição de dieta hipocalórica nos casos de obesidades, abandono de ingestão de bebidas alcoólicas, de sedativos, em especial antes de dormir, manter uma boa higiene do sono, assim como tratar as doenças de base que se associam com SAOS (hipotireoidismo, acromegalia). A terapêutica medicamentosa tem um modesto papel na abordagem da apnéia obstrutiva. A utilização dos anti-depressivos tricíclios podem ter um efeito inibidor do sono REM, dificultando a identificação de apnéias que ocorram predominantemente nesta fase.
Na presença de anomalias anatômicas específicas tais como, hipertrofia de amídalas e adenóides, micrognatia, etc, estará indicada a cirurgia dirigida a corrigir estes defeitos.
Estima-se que a maioria das pessoas que sofrem de apnéia (só nos EUA, são 12 milhões) não é diagnosticada ou tratada. Os tratamentos para restaurar a respiração normal durante o sono incluem mudanças de hábitos de vida, cirurgia e dispositivos usados durante o sono para evitar a obstrução do fluxo de ar.
Os tratamentos disponíveis parecem reduzir a severidade de sintomas como o ronco forte e a sonolência excessiva durante o dia, melhorando a qualidade de vida do paciente. Os estudos disponíveis até o momento não permitem saber se os tratamentos para apnéia do sono reduzem significativamente o risco de doença cardiovascular e morte.
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