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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

FIQUE POR DENTRO DO QUE É A ENDOMETRIOSE

Quem cuida de mulheres portadoras de endometriose se depara com pessoas cansadas, entristecidas, deprimidas e muitas vezes frágeis pela dor que enfrentam. Apresentam quadros dolorosos crônicos que muitas vezes se agudizam, e que praticamente não mais respondem a analgésicos comuns o que as obriga a procurar ajuda sistematicamente para terem suas dores atenuadas. São levadas por familiares, que não sabem mais o que fazer quando as vêem com tanta dor. Estas mulheres, que já consultaram médicos das mais diversas especialidades e até mesmo muitos ginecologistas, sem terem obtido o diagnóstico de sua enfermidade, sentem-se angustiadas e ansiosas para se verem livres das dores rotineiras.

A endometriose é uma afecção que merece toda a atenção por parte dos médicos clínicos e ginecologistas, cujo objetivo é cuidar da saúde e oferecer qualidade de vida às mulheres.
 
A doença é caracterizada pela presença do endométrio-tecido que recobre o interior do útero quando não é expulso através da menstruação, se aloja em outros orgãos, como na região pélvica (ovário,trompas,peritônio), podendo ainda, prejudicar o intestino, bexiga e o reto.


Há evidências que sugerem ser uma doença genética. Outras sugerem ser uma doença do sistema de defesa. Na realidade, sabe-se que as células do endométrio podem ser encontradas no líquido peritoneal em volta do útero em grande parte das mulheres. No entanto, apenas algumas mulheres desenvolvem a doença. Estima-se que 6 a 7% das mulheres tenham endometriose e atinge mais ou menos 15% das  mulheres com idade entre 15 e 45 anos.

O diagnóstico de suspeita da endometriose é feito por meio da história clínica, exame físico, ultrassom (ultrassonografia) endovaginal especializado, exame ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames de laboratório.

Atenção especial deve ser dada ao exame de toque, fundamental no diagnóstico da endometriose profunda. A certeza, porém, só pode ser dada por meio do exame anatomopatológico da lesão, ou biópsia.

Atualmente não há cura para a endometriose. No entanto, a dor e os sintomas dessa doença podem ser diminuídos e controlados.


As principais metas do tratamento são:

•Aliviar ou reduzir a dor (e outros sintomas).
•Diminuir o tamanho dos implantes.
•Reverter ou limitar a progressão da doença.
•Preservar ou restaurar a fertilidade.
•Evitar ou adiar a recorrência da doença

O tratamento clínico de formas brandas em mulheres que não pretendem engravidar pode ser feito com anticoncepcionais orais, injetáveis, implantes subdérmicos ou intrauterinos. Há um certo consenso entre os estudiosos que o pior a fazer é não fazer nada, já que a doença pode ser evolutiva.

Em mulheres que pretendem engravidar, o tratamento pode ser feito com cirurgia e tratamento hormonal, ou tratamento hormonal e depois cirurgia. No entanto, estudos atuais mostram que em mulheres com endometriose e que não conseguem engravidar, a melhor alternativa é a fertilização in vitro, e que a presença de endometriose não afeta as taxas de gravidez quando esse método é escolhido.

Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade.


Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e infertilidade e 20% apenas infertilidade.

A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas.

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