SUA VIDA:
João Acácio ficou órfão com apenas quatro anos, dali por diante, sua vida no crime se iniciou. Chegou ao estado de São Paulo ainda na adolescência, fugindo dos furtos que praticara em Santa Catarina. Foi morar em Santos, onde se dizia filho de fazendeiros e bom moço. Na verdade, levava uma vida pacata no lugar que escolheu para morar, praticando seus crimes em São Paulo e voltando incólume para Santos. Sua preferência era por mansões. Seu estilo próprio de cometer os crimes (sempre nas últimas horas da madrugada, cortando a energia da casa, usando um lenço para cobrir o rosto e carregando uma lanterna com bocal vermelho) chamou a atenção da imprensa, que o apelidou de "Bandido da Luz Vermelha", em referência ao notório criminoso estadunidense Caryl Chessman, que tinha o mesmo apelido.
Gastava o dinheiro obtido nos assaltos com mulheres e boates. A polícia levou seis anos para identificá-lo, conseguindo identificá-lo após ele deixar suas impressões digitais na janela de uma mansão.
PRISÃO:
João Acácio foi preso em 8 de agosto de 1967, enquanto estava foragido no Paraná, foi acusado por quatro assassinatos, sete tentativas de homicídio e 77 assaltos, sendo condenado a 351 anos, 9 meses e três dias de prisão, dizem que cometeu estupro ou que teve relações sexuais com as vítimas de seus crimes, porém não foi acusado deste crime (o comentário era que recebia muitas visitas de mulheres desconhecidas que choravam sua ausência). Após cumprir os 30 anos previstos em lei, é libertado na noite do dia 26 de agosto de 1997. Após libertado, ganha fama na cidade onde passa a morar (Joinville, em Santa Catarina), tinha obsessão em vestir roupas vermelhas e quando alguém lhe pedia um autógrafo ele simplesmente escrevia a palavra "Autógrafo".
Sua vida de crimes inspirou o filme O Bandido da Luz Vermelha de 1968, do cineasta Rogério Sganzerla, em que foi vivido pelo ator Paulo Villaça. Apesar de ser um filme verídico, seu final porém foi fictício no qual o personagem principal comete suicídio. Também foi tema do Linha Direta Justiça da Rede Globo.
Numa época em que alarmes eram raridade, usava macaco de automóvel para arrombar as grades, desligava a chave geral de energia elétrica e escalava com a lanterna na mão. Durante quinze meses entre 1966 e 1967, praticou 141 crimes, todos confessados. Destes, 120 são atribuídos pela polícia ao Homem-Macaco, seu primeiro apelido. O Bandido da Luz Vermelha nasceu no final de sua curta carreira. Numa noite, entrou em uma casa em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, onde a dona e a empregada dormiam. Acácio as acordou e pediu que abrissem o cofre. Até então, assaltava sem interromper o sono das vítimas. Pegou dinheiro, jóias e, na saída, beijou a mão das mulheres. No dia seguinte, deliciou-se com as manchetes. "Assalto à americana", dizia uma delas. Na reportagem, era chamado de Bandido da Luz Vermelha, a tradução para o português do pseudônimo de Caryl Chessman, condenado na Califórnia em 1948 à câmara de gás, por crime sexual e seqüestro, e executado em 1960.
Luz Vermelha era apresentado como mulherengo, galanteador, de personalidade violenta, que roubava para praticar orgias em Santos. A realidade era diferente. O homem a quem vendia o que roubava, Walter Alves de Oliveira, o "Caboré", era seu parceiro amoroso. Acácio foi abandonado pelo cúmplice. Um promotor que acompanhava a rotina dos presos na cadeia relata que Luz Vermelha ignorou as centenas de cartas de mulheres com proposta de namoro. Casou-se com o cozinheiro Bernardino Marques, que cumpria pena por ter matado a sogra. Quando o cozinheiro deixou a prisão, Acácio não teve outros relacionamentos, mergulhando num ciclo de surtos psicóticos, e chegou a ser internado no manicômio judiciário.
Acácio gostava do que lia nos noticiários e alimentou o mito. Em junho de 1967, matou um empresário em São Paulo apenas para desmentir uma versão da polícia, que havia prendido um homem e o apresentara como o Bandido da Luz Vermelha. Em depoimento à Segunda Vara do Júri, contou que estava em Santos quando soube da falsa notícia pela televisão, viajou para a capital e foi até a casa de um industrial, John Szaraspatak, e o matou na frente do filho. À medida que a cobertura dos jornais se intensificava, ele tornava-se mais violento.
Chamava a atenção de juízes e promotores um traço da personalidade de Luz Vermelha. Ele confessava os crimes como se estivesse contando vantagens. Apesar de condenado por quatro homicídios, disse ao juiz que havia matado "uns quinze". Dos 88 processos pelos quais foi condenado, nenhum esteve ligado a crime sexual, apesar da fama.
O psiquiatra Claudio Cohen, professor de medicina legal da USP, arriscou um diagnóstico do criminoso. Acácio seria um limítrofe, patologia catalogada no Código Internacional de Doenças. Não tem a personalidade formada e, por isso, age de acordo com a expectativa das pessoas. Era instável emocionalmente e de sexualidade confusa. Aparentava ser esquizofrênico, mas demonstrava inteligência ao criar métodos de assalto. Dentro desse quadro, agia como um homem bom enquanto dele se esperava ser bom. Era difícil arriscar um palpite sobre como Acácio seria depois de sair de trinta anos de prisão.
A MORTE:
Luz Vermelha foi morto por volta das 20 horas do dia 5 de janeiro de 1998, o pescador desferiu um tiro na cabeça de ''Luz Vermelha''. Era o fim da lenda. Tudo aconteceu em Joinville (SC). Ele estava em liberdade havia quatro meses após cumprir 30 anos de prisão. A polícia têm informações de que o ex-detento ameaçava matar um dos membros da família do pescador Nelson Pinveghuer, com quem vivia.
Um ano antes, dizia que “de briga não vou morrer (…) se me matarem vai ser de bala de ouro”. Continuava apaixonado pela morte. Pouco mais de quatro meses depois, finalmente a encontrou. De bala, mas de uma bem vagabunda, saída da espingarda de um pescador que o acolhera e já não agüentava Acácio assediando as mulheres da casa.
O primeiro vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Amador da Cunha Bueno Neto, disse que os médicos são os culpados pelo ocorrido com João Acácio.
"Ele foi vítima, porque não estava pronto para se reintegrar a sociedade", afirmou.
Segundo Bueno Neto, não houve tempo hábil para que o laudo apresentasse as reais condições do detento. "Foram apenas 24 horas, sendo que o normal é que esse tipo de exame demore meses. Somente assim, um diagnóstico confiável poderia ser emitido", disse Bueno Neto. Ele classificou o laudo como "porcaria".
O médico Norberto Zollner Junior falou que está tranqüilo, pois agiu corretamente. "Obedecemos ordens superiores para realizar os exames o mais rápido possível. Foi o que fizemos", afirmou.
Zollner Junior disse também que o Luz Vermelha estava bem e em condições mentais adequadas para uma vida em sociedade, mas necessitando de acompanhamento psicológico ambulatorial periódico.
O pescador Nelson Pinzegher, 54 anos, matador confesso de João Acácio Pereira da Costa, o ''Bandido da Luz Vermelha'', saiu do Fórum de Joinville pela porta da frente abraçado em seus familiares. Quase sete anos depois do assassinato, ele foi a julgamento pela morte de uma das lendas da criminalidade brasileira. Depois de quase quatro horas de júri, Pinzegher foi absolvido por unanimidade pelos sete jurados. ''Vivi momentos de grande dor. Meus familiares sofreram junto. Agora quero uma vida nova e emprego, pois estou limpo com a Justiça'', disse.
pt.wikipedia.org/.../João_Acácio_Pereira_da_Costa
omundomau.blogspot.com/.../joao-acacio-pereira-da-costa.html
o próprio luz vermelha falou depois de sair da cadeia que : mulher séria só na base do revólver . No papo ele só arrumava vagabunda . Não tenho dúvidas que a mola propulsora da carreira criminosa dele eram os crimes sexuais
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