Considerado um dos óleos mais produtivos do mundo e com grande importância econômica, o óleo de palma (também conhecido como óleo de dendê) tem diversos usos: alimentação (chocolates, biscoitos, margarinas, sorvetes, dentre outros), cosméticos (sabonetes, detergentes) e até biodiesel.
O plantio de óleo de palma, ingrediente presente em praticamente metade dos produtos expostos nas prateleiras dos supermercados em todo o mundo, é também o maior vetor de desmatamento .
Os maiores produtores mundiais do óleo de palma são a Malásia e a Indonésia, e é aqui que a polêmica começa: nestes países, as áreas de floresta usadas para o plantio do óleo são os habitats remanescentes de animais ameaçados, como o tigre da Sumatra, o rinoceronte asiático e o orangotango. A exploração irresponsável do óleo de palma na Indonésia tem destruído a floresta tropical do país em um ritmo mais acelerado do que em qualquer outra parte do mundo, e acelerado o processo de extinção de espécies raras como o tigre-de-sumatra, por exemplo, um animal icônico na cultura asiática e que tem na floresta seu habitat natural.
No Brasil, foi criado em 2010 o Programa de Produção Sustentável de Óleo de Palma, que tem como diretrizes a preservação de vegetação nativa, produção integrada à agricultura familiar e ênfase em áreas já degradadas da Amazônia Legal, ou seja, apenas regiões que sofreram ação humana serão aptas ao plantio. No Brasil, o plantio é de destaque para os estados do Pará, Amapá e Bahia.
No ranking dos países que mais emitem gases de efeito estufa, o país asiático (Indonésia) ocupa o terceiro lugar, atrás da China e os EUA. Porém, na Indonésia, esta planta tropical é considerado uma "bênção da natureza, que emprega três milhões de pessoas e contribui para a erradicação da pobreza ".
No Brasil, ainda não temos uma produção tão representativa de óleo de palma quando comparada com a da Indonésia, mas o potencial é enorme e já existem planos do governo para aumentar a produção. Entretanto, as possíveis consequências negativas podem ser agravadas com a intensificação do cultivo na Amazônia.
O Pará possui as maiores áreas e, segundo a Secretaria de Agricultura local, a região Nordeste do Estado concentra cerca 166 mil hectares plantados, e já é conhecido como o cinturão do dendê.
É extremamente difícil abolir o óleo de palma. No entanto, alternativas estão sendo buscadas e quem sabe daqui a uma década , as empresas possam usar outros insumos menos predatórios.
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