MÚSICAS INESQUECÍVEIS

sábado, 29 de agosto de 2015

MUJICA

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Milhares de estudantes receberam o ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, na quinta-feira (27/08/2015) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O encontro aconteceu no anfiteatro da instituição de ensino superior – também conhecido como Concha Acústica. 

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Falou de valores para mudar o mundo, para construir um mundo menos injusto, governado pelas maiorias. De valores fora do mundo do mercado, do consumo e do individualismo, como a solidariedade, a igualdade de direitos. “Se gosta de dinheiro, vá ganhar no comércio ou na indústria. Mas não se meta na política”, disse ele.

“Nós temos que pensar como espécie e não como países. E isso engloba o mundo inteiro. Os pobres da África não são da África, são do mundo inteiro. Os homens que atravessam o Mediterrâneo são nossos. Todos são nossos conterrâneos. A liberdade não se vende, se ganha fazendo algo pelos demais”, disse o ex-presidente.

José Mujica

Mujica teve importante papel no combate à ditadura civil-militar no Uruguai (1973-1985). Na guerrilha, coparticipou de assaltos, sequestros e do episódio conhecido como Tomada de Pando, ocorrido em 8 de outubro de1969, quando os tupamaros tomaram a delegacia de polícia, o quartel docorpo de bombeiros, a central telefônica e vários bancos da cidade dePando, situada a 32 quilômetros de Montevidéu. Mujica passou 14 anos na prisão, de onde só saiu no final da ditadura, em 1985.
Já foi deputado, ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca e, durante a juventude, militou em atividades de guerrilha, como membro do Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros.
Exerceu o cargo de Presidente Pro tempore do MERCOSUL até 12 de julho de 2013, quando foi sucedido pelo estreante venezuelano, Nicolás Maduro.
José Alberto Mujica presidiu o Uruguai de 2010 até o último dia 1º de março. Dois dias depois foi empossado como senador. Aos 79 anos, caminha com a tranquilidade de quem saiu do governo com 65% de aprovação e trouxe a mídia do mundo inteiro para dentro do país.

Pregando a união da América Latina e atacando o consumismo, o ex-presidente uruguaio alerta para os novos métodos da direita e faz uma avaliação de seu governo. “Não devemos lutar por uma utopia de que em algum dia teremos uma sociedade melhor, temos que lutar para que as pessoas vivam mais felizes hoje”.


“A luta de classes é como o sol e como as estrelas. Negá-la é negar a realidade”

"Meus queridos, ninguém é melhor do que ninguém. Tenho que agradecer a sua juventude pelas recordações de tantos e tantos estudantes que foram caindo pelos caminhos de nossa América Latina. Vocês têm que seguir levantando a bandeira. Na vida, temos que defender a liberdade. E ela não se vende, se conquista. Fazendo algo pelos outros. Isto se chama solidariedade. E sem solidariedade não há civilização".

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