MÚSICAS INESQUECÍVEIS

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

PODE O HOMEM TRANSFORMAR CORPOS HUMANOS EM ADUBO ?

Os cientistas concordam que os seres humanos podem ser compostados. Inúmeras fazendas nos EUA, entre elas pelo menos um terço das fazendas leiteiras do Estado de Washington, compostam os corpos de animais mortos. Em alguns Estados, o departamento de transportes composta animais atropelados nas estradas.
Composto

compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica.
"Tenho certeza de que pode dar certo", diz Lynne Carpenter-Boggs, sobre a compostagem de seres humanos. Cientista do solo na Universidade Estadual de Washington que faz parte do conselho consultivo do Urban Death Project , uma organização sem fins lucrativos.

O projeto, chamado de “Morte Urbana“, foi proposto pela arquiteta Katrina Spade, através de uma bolsa de estudos ambientais em Seattle. Para manter o ritual relacionado à morte, foi criado um edifício de três andares para a realização da compostagem humana. A proposta é que os parentes possam levar para casa parte do material obtido através da compostagem e usá-lo como adubo onde quiserem. “Quando falamos em compostagem, as pessoas pensam em cascas de banana e borras café, mas os nossos corpos também têm nutrientes“, lembra Katrina.

O processo proposto pela arquiteta é mais simples do que parece: basta misturar materiais ricos em nitrogênio (como o corpo humano), com materiais ricos em carbono, como madeira ou serragem, acrescentar umidade e uma dose extra de nitrogênio. Os micróbios prometem cuidar do resto do processo, que não deixa cheiros desagradáveis se for feito corretamente. Estima-se que o enterro nada convencional deva custar cerca de U$ 2.500 (cerca de R$ 7,7 mil).

CURIOSIDADE

Composto de cadáver
Uma empresa sueca desenvolveu um processo que consegue decompor completamente o cadáver em seis meses. Para isso, é preciso realizar um processo de fragilização do corpo: congelando-o e fazendo uma imersão em nitrogênio líquido. O cadáver, então, é bombardeado com ondas sonoras, transformando-se em um fino pó branco. Por fim, os restos passam por uma câmera a vácuo, fazendo com que a água remanescente evapore. Assim como nas outras opções, o pó final é bastante fértil e nutritivo, recomendado para o plantio de árvores.

O QUE ACONTECE NO PROJETO DE KATRINA SPADE

A compostagem gera calor, portanto mata vírus e bactérias comuns. Uma pesquisa feita com a compostagem de animais mortos revelou que a temperatura no interior do composto alcança 140 graus Fahrenheit, o que é suficientemente elevada para matar agentes patogênicos. Os agricultores estão usando a compostagem a fim de eliminar, de forma segura, os seus animais mortos, bem como controlar o odor e o escoamento. O projeto é refinar este processo para que seja apropriado e significativo aos seres humanos em um ambiente urbano.

Segundo a idealizadora, a arquiteta norte-americana Katrina Spade, em entrevista concedida ao The New York Times , este será um novo passo para o sepultamento humano, deixando para trás a cremação e os possíveis gases de efeito estufa liberados.

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