MÚSICAS INESQUECÍVEIS

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

30 ANOS SEM JOHN LENNON E O MUNDO NÃO ENCONTROU A PAZ

John Lennon ganhou notoriedade mundial como fundador do grupo de rock britânico The Beatles. Na época da existência dos Beatles, John Lennon formou com James Paul McCartney o que seria uma das mais famosas duplas de compositores de todos os tempos, a dupla Lennon/McCartney. John Lennon foi casado com Cynthia Powell, e com ela teve o filho Julian. Em 1966, conheceu a artista plástica japonesa Yoko Ono. Em 1968, Lennon e Yoko produziram um álbum experimental, "Unfinished Music No.1: Two Virgins ", que causou controvérsia por apresentar o casal nu, de frente e de costas, na capa e contracapa. A partir deste momento, John e Yoko iniciariam uma parceria artística e amorosa. Cynthia Powell pediu o divórcio no mesmo ano, alegando adultério. Em 1969, o casal se casou numa cerimônia privada no rochedo de Gibraltar. Usaram a repercussão de seu casamento para divulgar um evento pela paz, chamado de "Bed in", ou "John e Yoko na cama pela paz", como um resultado prático de sua lua-de-mel, realizada no Hotel Hilton, em Amsterdã.
Em 10 de abril de 1970, Paul McCartney anunciou oficialmente o fim dos Beatles. Antes disso, John Lennon havia lançado outros dois álbuns experimentais, "Life with lions" e "Wedding album". Também lançara o compacto "Cold Turkey" e o disco ao vivo "Live peace in Toronto", creditados à banda "Plastic Ono Band", com a participação de Eric Clapton.
Durante a década de 1970, John e Yoko envolveram-se em vários eventos políticos, como promoção à paz, pelos direitos das mulheres e trabalhadores e também exigindo o fim da Guerra do Vietnã. Seu envolvimento com líderes da extrema-esquerda estadunidense, com Jerry Rubin, Abbie Hoffman e John Sinclair, além de seu apoio formal ao Partido dos Panteras Negras, deu início a uma perseguição ilegal do governo Nixon ao casal. A pedido do Governo, a Imigração deu início a um processo de extradição de John Lennon dos EUA, que durou cerca de 3 anos, período em que John ficou separado de Yoko Ono por 18 meses, entre 1973 e 1975.

Em 8 de dezembro de 1980, John foi assassinado em Nova York por Mark David Chapman, quando retornava do estúdio de gravação junto com a mulher.

Lennon, um homem marcado de berço pela guerra, foi, acima de tudo, um defensor da paz. Quando nasceu os alemães bombardeavam Liverpool , o que lhe valeu o segundo nome, Winston, uma homenagem a Churchill, o “lorde da guerra”. Ao contrair sua união com Yoko Ono – a artista de vanguarda que o surpreendeu numa exposição em Londres, quando ele, curioso, subiu uma escada e, por um olho mágico pendente num quadro no teto, leu, simplesmente, “yes” –, infenso aos valores machistas e à guerra, John, ao invés de dar o seu nome a Yoko, aproveitou para deixar o lorde de lado e passou a se chamar John Ono Lennon.

Quando os Estados Unidos invadiram o Vietnam, pagou um comercial de página inteira no The New York Times e em jornais de outros países, deflagrando a campanha “A guerra pára, se você quiser”. Foi um dos movimentos que pesou internamente contra o belicismo criminoso dos agentes-laranja de Nixon. O primeiro ato pela paz, como afirmou Lennon em sua histórica entrevista à Rolling Stone (in Wenner, 2001, p. 55), foi o “Bed peace” (“Na cama pela paz”), a irreverente lua-de-mel com a imprensa em Amsterdam, depois em Toronto, onde ficaram dez dias na cama em protesto.

Como Gandhi, Lennon preferia a cultura da não-violência. “Paz, não-violência e todo mundo numa boa” era a sua filosofia. O  fato é que Lennon foi um gigante no terreno da revolução dos costumes no século XX, e uma destacada figura da luta contra a guerra. Foi um ridicularizador de variadas formas de rebaixamento da expressão e da liberdade humanas. Foi um ser autêntico que se posicionou e falou o que pensava, independente de agradar ou não o que ele dizia. Foi, enfim, um desses espíritos inquietos extraordinários – que só de quando em vez a humanidade é capaz de produzir –, cuja existência contestadora ajuda a entender coisas tão simples do cotidiano, como a de por que, em geral, parecem tão sem cor e sem gosto as figuras do conservadorismo moral e/ou político.


Paul Goresh
John Lennon assina o disco para o seu assassino, Mark David Chapman (esq)
O disco custa £530.000, aproximadamente R$ 1,4 milhões e foi assinado por Lennon no dia 8 de dezembro, quando o músico passeava por Nova York com a esposa, Yoko Ono.
"Este disco é o mais extraordinário artefato da história do rock and roll", explicou o especialista em comércio de autógrafos Gary Zimet, em entrevista para a revista inglesa New Musical Express. "Ele havia sido vendido em 1999, mas foi devolvido pelo antigo dono, que alegou ter recebido ameaças de morte", revelou.

O assassino está encarcerado em Attica, uma prisão de segurança máxima localizada em Buffalo, no estado de Nova Iorque, mas encontra-se separado dos restantes presos para garantir a sua segurança. O assassino disparou cinco tiros contra John Lennon, quando este regressava ao seu apartamento em Manhattan, no dia 8 de Dezembro de 1980.

FRASES DE JOHN LENNON

"A insegurança e a frustação levam o homem à violência e à guerra". [ John Lennon ]

"Se o homem buscasse a conhecer-se a si mesmo primeiramente, metade dos problemas do mundo estariam resolvidos". [ John Lennon ]

"O que nós temos de fazer é manter viva a esperança. Porque sem esperança nós todos vamos naufragar'. [ John Lennon ]

"Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem, é porque as conquistei; se não voltarem, é porque nunca as possuí". [ John Lennon ]

pt.wikipedia.org/wiki/John_Lennon
http://almanaque.folha.uol.com.br/manchetes_10dez00.shtml
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/maio2005/ju288pag12.html

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