MÚSICAS INESQUECÍVEIS

sábado, 18 de dezembro de 2010

QUE MUNDO É ESTE?


Fumo eterno e a múmia

Quando eu morrer levem-me longe.

Fechem-se os guarda chuvas e sepultem-se as gramáticas.

Afinem-se os pianos e toque-se Beethoven com força e ímpeto. Ame-se a arte e os artistas, os sonhadores e filósofos.

Quando eu morrer sejam os homens utópicos, cheios de ilusão e presenteio sorriso. Amem-se com sorrisos de simpatia, como se de licença na fila se tratasse. Ou favor cortês, que de tão falso, tão verdadeiro e intimo.

Quem nos ensinou a arte das capacidades naturais?

A morte ... sem dúvida!

Quando eu morrer exalte-se a sepultura dos pobres, aquelas que nem lápide tem.Pinte-se as paredes com ocre arrancado das terras lamacentas do deserto africano. Levantem-se montanhas e as deusas do destino me venham buscar.

Gostava que me levassem em braços, como se estátuas lindas e sérias da Grécia se tratassem.

Quando eu morrer façam um livro onde não falem de mim. Apeguem-se as marcas da minha existência e multipliquem-se os roubos ao que foi meu para que seja de todos.

Se assim for a minha passagem estarei em paz porque esquecido.

Se tal não me derem ficarei sempre cá, assombrando a tolha que usei hoje para o banho, ou o canto da sala onde deposito uns livros atraente mas profundamente desoladores.

Meu Deus como há verdade no mundo !!!

Caiu um trovão lá fora ...

Vou pousar o corpo no pó das obras da marquise, talvez o tempo pare nuns minutos que são horas e o Espaço se expanda ... adeus CORPO!
 
Publicada por Leandro

ordanel.blogspot.com/
CURIOSIDADE:
Em 1992 uma toxicóloga e médica legista chamada Svetla Balabanova, do Instituto de Medicina Forense em Ulm, na Alemanha, teve oportunidade de examinar a múmia de Het-Nut-Tawy, uma sacerdotisa da XXI dinastia (c. 1070 a 945 a.C.). Com grande surpresa constatou traços de nicotina e cocaína naquele corpo. O extraordinário é que essas duas substâncias só seriam conhecidas no mundo antigo após a expedição de Cristóvão Colombo, 2500 anos mais tarde. Portanto, sua presença em uma múmia egípcia seria totalmente impossível. Outros testes foram realizados e confirmaram a primeira análise. Acreditando em erro de manipulação, a pesquisadora enviou as amostras a três outros laboratórios e obteve idênticos resultados. Em síntese: a múmia de Het-Nut-Tawy apresentava traços de duas substâncias que só apareceram no Egito pelo menos 25 séculos mais tarde!


Sempre havia a possibilidade de que a múmia houvesse sofrido contaminação externa. Um novo teste foi então realizado usando um método infalível que permite saber se um defunto realmente absorveu a droga. Isso se consegue pelo exame dos folículos capilares, pois eles conservam traços das moléculas correspondentes durante meses, ou indefinidamente no caso de morte e só podem ser metabolizados enquanto o corpo está vivo. Novamente os resultados foram positivos e, portanto, não tinha havido contaminação externa.

Restava ainda a hipótese de que a múmia examinada fosse falsa. Rosalie David, egiptóloga da cidade de Manchester, nos Estados Unidos, suspeitou dessa possibilidade mas, ao ter acesso aos relatórios das pesquisas e considerando o bom estado da conservação do corpo e das faixas que o envolvem, concluiu que a múmia era provavelmente autêntica. Resolveu então efetuar análises nas múmias que tinha sob sua guarda no museu americano e descobriu que duas dentre elas apresentavam traços de nicotina. Essa confirmação provou, de maneira irrefutável, que o tabaco era conhecido na antiguidade.

Em 1976 a múmia de Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.) esteve em Paris para restauração e constatou-se a presença de cristais característicos do tabaco. Tratando-se de algo impossível de ser concebido, atribuiu-se o fato a algum erro e o assunto foi sepultado. Vinte anos mais tarde a consagrada egiptóloga Christiane Desroches Noblecourt escreveu em seu livro sobre aquele faraó: No momento de sua mumificação, seu tronco foi preenchido com numerosos produtos desinfetantes. Os embalsamadores usaram um fino "picadinho" de folhas de Nicotiana L., encontrado nas divisões internas do tórax, juntamente com depósitos de nicotina, certamente contemporâneos da mumificação, mas que nos trazem um problema, pois esse vegetal era ainda desconhecido no Egito, ao que parece.
www.fascinioegito.sh06.com/fatos2.htm

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