O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (08/12/2010) o início da vigilância e do controle no Brasil da febre de chikungunya. A doença é causada por vírus, que assim como a dengue, é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Segundo o governo, nos meses de agosto, outubro e setembro, os primeiros três casos da doença foram registrados no Brasil. Dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro, todos em pacientes que foram infectados em países da Ásia (Índia e Indonésia).
A chikungunya provoca, em um primeiro estágio, febre alta, mal estar e dores nas articulações. Os sintomas aparecem entre 3 a 7 dias depois de o paciente ser picado pelo mosquito transmissor da doença contaminado. Durante os primeiros cinco dias do aparecimento dos sintomas, se o paciente for picado pelo Aedes aegypti, ele transmite o vírus para o mosquito.
A doença pode ser identificada a partir de sintomas como febre alta, de início repentino, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, dores de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Outro fator importante para a realização do diagnóstico é o histórico de viagens para locais do sudeste asiático e de alguns países da costa leste africana, de onde a doença é originária.
Foram registrados surtos da doença, em 2004, no sudeste asiático e, em 2006, na Índia, onde foram infectadas 1,3 milhão de pessoas, sem nenhuma morte registrada.
Cinco dias após o início dos sintomas não há mais possibilidade de transmissão da doença para o mosquito. O tratamento é similar ao da dengue, com o uso de paracetamol, antiinflamatórios e até corticoides. O Governo Federal aconselha a quem for viajar para África e sudeste da Ásia adotar medidas de prevenção, como uso de repelentes e mosquiteiros.
CONHECENDO O MOSQUITO:
Menor que os mosquitos comuns, o Aedes aegypti é preto com pequenos riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.
O macho, como os de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas de objetos, próximos a extensas superfícies de água limpa, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. No momento da postura são brancos, mas logo se tornam negros e brilhantes.
O Aedes aegypti é um mosquito urbano, embora já tenha sido encontrado na zona rural. Acredita-se, porém, que para lá tenha sido levado em recipientes que continham ovos ou larvas. Próprio das regiões tropical e subtropical, não resiste a baixas temperaturas nem a altitudes elevadas.
Histórico - O primeiro foco da doença foi registrado na Tanzânia, na década de 1950. A partir de 2004, vários registros de surtos foram identificados, sobretudo na África e no Sudoeste Asiático. Um surto também foi confirmado na Itália.
CURIOSIDADES:
- Surgiu na Tanzânia em 1952 e se prolifera na África e no Sudeste Asiático.
- O nome chikungunya significa "aqueles que dobram".
- O principal temor é que alguém que trouxe o vírus de outro país seja picado pela Aedes aegypti, o que pode causar uma transmissão do chikungunya em larga escala, tal qual acontece com a dengue.
- A letalidade é próxima de zero.
- Caracterizada por febre e principalmente por fortes dores nas articulações que duram até seis meses.
- Não há transmissão de uma pessoa para outra.
A melhor estratégia para combater a doença é atacar na origem do problema: o nascedouro dos mosquitos. O Aedes Aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc.) em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros.
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