A questão da sexualidade é uma das que mais fomenta preconceitos, e, por conseguinte, opressão. Não fosse assim, não haveria tantas designações para a orientação sexual de cada um: heterosexuais, homossexuais, homo-afetivos, gays, lésbicas, bissexuais, travestis e (genericamente) transgêneros. Desde quando gostar de ou fazer sexo com pessoas do sexo oposto ou do mesmo sexo identifica o valor de uma pessoa? Para muitas pessoas, isso pode ser fundamental na hora de lidar com alguém. Por mais pífio que possa parecer, isso acontece, na maioria das vezes, por que as pessoas tendem a desrespeitar aquilo que vai contra suas convicções.
Orientação sexual é só um aspecto da vida e não define nada. Se você é mãe, pai, irmão... o que se sabe dizer é que aquela pessoa na sua frente dizendo “sou gay” é a mesma que você trocou fraldas, ninou, levou para o parquinho. É o mesmo irmão que você jogou bola ou brincou de bonecas. É ainda o mesmo filho que lhe deu beijos melados. O mesmo irmão que dividiu o último biscoito. O mesmo sobrinho que brincou de cavalinho nas suas costas. É ainda a mesma pessoa. E ainda ama você do mesmo jeito.
Reflexão: preconceito é ignorância. Devemos combater TODOS os tipos de preconceito e formas de exclusão. Os grupos que mais sofrem com isso deveriam ser os primeiros a combater qualquer forma de preconceito. Costumo dizer aos meus amigos a seguinte frase: “Eu sou branca, mas não preciso ser negra pra me emputecer quando vejo uma demonstração de racismo.” Você, heterossexual, não precisa ser homossexual para respeitar os homossexuais.
SAIBA MAIS:
Desde 1973, a APA – Associação Americana de Psiquiatria retirou a homossexualidade do seu “Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais”, depois de rever estudos e provas que revelavam que a homossexualidade não se enquadra nos critérios utilizados na categorização de doenças mentais. A homossexualidade é, portanto, uma forma de orientação sexual. Em 1985, o Conselho Federal de Medicina do Brasil passa a desconsiderar a homossexualidade uma doença, o mesmo ocorrendo em 1991 com a Organização Mundial da Saúde. Com isso, cai o emprego do uso “homossexualismo” (porque o sufixo “ismo” é usado para terminologia de palavras associadas a doenças), passando a ser utilizada como referência “homossexualidade”.
“Não existe uma melhor hora para contar aos pais. O momento ideal é quando você está seguro de si, tem certeza do que realmente é e quer”. E o recado para os pais: “Não adianta ignorar, expulsar. Tem que aceitar e acolher ou vai piorar o conflito. Tem muita mãe que desconfia e não fala, e muito filho que imagina que ela sabe e não fala. O silêncio é horrível”. E acrescenta: “Os pais não sabendo, não tendo essa conversa, como vão saber onde os filhos estão indo, que lugares freqüentam, quem são seus amigos? Não no sentido de vigiar, mas de acompanhar, mesmo!” Extraído do livro O Armário de Fabrício Viana (Uma excelente dica é visitar o portal Armário X – www.armariox.com.br , idealizado por Fabrício Viana, com importantes informações para quem deseja “sair do armário”).
DEPOIMENTO:
..."Eu acho que isso acontece por causa da minha timidez. Não tenho vergonha nenhuma de ser gay, já disse e repito eu gosto de ser gay mas só de pensar em todo mundo me olhando eu travo e não falo nem um ai. Inclusive, aconteceu isso por esses dias. Eu sabia direitinho o que queria falar mas não saiu nada, nem um som...."
DENÚNCIA:
A terapia de aversão é uma forma de tratamento psiquiátrico ou psicológico em que o paciente é exposto a estímulos enquanto simultaneamente é sujeitado a alguma forma de desconforto. Esse condicionamento é intencional para fazer com que o paciente associe o estímulo com sensações não-prazerosas, e então pare com um certo comportamento.
No Brasil as terapias de reorientação sexual são proibidas pelo Conselho Federal de Psicologia, mas isso não significa que não existam maus profissionais que ainda as pratiquem. Ou que, mesmo não chamando elas assim, lidem de maneira errada com a sexualidade do paciente, gerando dificuldades de auto aceitação e conflitos internos mais ou menos intensos. Os defensores do método falam que ele poderia ajudar os chamados egodistônicos, homossexuais que não aceitam a própria orientação e que estes deveriam ter o direito de utilizar a terapia.
Para a maioria dos pais, no entanto, não é fácil ouvir palavras "Pai, mãe, eu sou gay". Alguns conseguem aceitar a notícia com mais naturalidade; outros passam por um período doloroso de adaptação, que é acompanhado por choque, raiva e culpa. De acordo com psicólogos, estes sentimentos são compreensíveis, tanto por desmontar uma imagem já construída sobre o filho, quanto por calcular a discriminação que ele poderá sofrer pela sociedade durante sua vida. Seja como for, o que os pais precisam fazer é aceitar e aprender a lidar com a nova situação, pois é a melhor alternativa – para não dizer única – para manter uma boa relação com o filho.
É fundamental perceber que não importa com quem o filho se relaciona ou se ele é heterossexual ou não. No papel de pai e mãe, basta amá-lo e querer a sua felicidade.”
cabures.multiply.com/journal/item/12/12
www.maesougay.com/2010/09/mae-eu-sou-gay.html
todascores.com/post/372681548/pai-mae-sou-gay
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