MÚSICAS INESQUECÍVEIS

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

VAMPIROS E AS ESTÓRIAS QUE QUASE NINGUÉM CONTOU

Arnold Paul (ou Paole) foi um dos mais famosos casos de vampiros do século XVIII. Chegou no meio de uma presumível onda de ataques de vampiros que infernizaram a Europa central desde o fim do século XVII até meados do século seguinte. Esses casos, de um modo geral, e o de Paul, em particular, foram a principal causa do reacendido interesse pelos vampiros em Inglaterra e França, no início do século XIX.

Paul nasceu no início da década de 1700 em Medvegia, a norte de Belgrado. Serviu no exército, no que era chamado de “Sérvia Turca”, e na primavera de 1727 voltou para a sua cidade natal. Paul comprou diversos hectares de terra e estabeleceu-se como agricultor. Foi assediado por uma jovem de uma fazenda vizinha, da qual ficou noivo. Paul era conhecido por ser uma pessoa honesta e de boa índole, sendo bem recebido pelo povo da cidade em seu redor. Entretanto, notou que uma certa tristeza permeava a sua personalidade. Finalmente disse à sua noiva que o seu problema era proveniente dos dias de guerra. Na Sérvia Turca, tinha sido visitado e atacado por um vampiro. No final, matou-o, seguindo-o até o cemitério. Também comeu terra do túmulo do vampiro e cuidou dos ferimentos com sangue do vampiro para se livrar dos efeitos do ataque.

Uma semana depois de ter contado sua história, Paul foi vítima de um acidente fatal, e foi enterrado em seguida.
Após o seu enterro, vieram à tona relatos da aparição de Paul. Quatro pessoas que tinham feito os relatos morreram e o pânico espalhou-se pela comunidade. Os dirigentes decidiram agir para serenar o pânico, desenterrando o corpo para determinar se Paul era ou não um vampiro. O túmulo foi aberto no quarto dia após o enterro. Dois cirurgiões militares estavam presentes quando a tampa do caixão foi removida. Encontraram um corpo que parecia ter sido recém-enterrado. O que parecia ser pele nova estava presente sob uma camada de pele morta e as unhas continuavam a crescer. O corpo foi perfurado e o sangue jorrou. Os presentes acharam que Paul era um vampiro. O corpo foi empalado, ouvindo-se um forte gemido. Foi decapitado e cremado. O caso teria terminado ali, mas não foi o que aconteceu. As quatro outras pessoas que tinham morrido foram tratadas da mesma forma para que não reaparecessem como vampiros.
Em 1731, na mesma área, cerca de 17 pessoas morreram, com sintomas de vampirismo num período de três meses. Os moradores não agiram prontamente, até que uma menina se queixou que um homem chamado Milo, que tinha falecido recentemente, a atacara no meio da noite. Notícias dessa segunda onda de vampirismo chegaram à Viena e o imperador austríaco instaurou um inquérito a ser conduzido pelo cirurgião do Regimento de Campo Johannes Fluckinger. Nomeado a 12 de Dezembro, Fluckinger encaminhou-se para Medgevia e começou a recolher informações do que tinha ocorrido. O corpo de Milo foi desenterrado, descobrindo-se que estava num estado similar ao de Arnold Paul. O corpo foi então empalado e cremado. Como é possível que o vampirismo, erradicado em 1727, tivesse voltado? Foi determinado que Paul tinha “vampirizado” diversas vacas das quais os mortos mais recentes se tinham alimentado. Sob as ordens de Fluckinger, os moradores passaram a desenterrar todos que tinham morrido nos meses recentes. Foram desenterrados quarenta, dezassete dos quais estavam num estado de preservação igual ao do corpo de Paul. Foram todos empalados e cremados.

Fluckinger preparou um relatório completo das suas actividades e apresentou-o ao imperador no início de 1732. O seu relatório foi publicado e tornou-se um best-seller. Em Março de 1932, relatos de Paul e dos vampiros de Medgevia circulavam nos periódicos de França e Inglaterra. Em virtude da natureza bem documentada do caso, tornou-se foco de estudos e reflexões futuras sobre vampiros, e Arnol Paul tornou-se o mais famoso vampiro da época. O caso de Paul foi muito influente nas conclusões a que chegaram tanto Dom Augustim Calmet e Giuseppe Davanzati, dois estudiosos católicos que escreveram livros sobre o vampirismo em meados daquele século.
O QUE É EMPALAMENTO?
Empalamento é uma técnica de tortura ou execução antiga que consistia em espetar uma estaca através do ânus até a boca do condenado até levá-lo à morte deixando um carvão em brasa na ponta para mesmo que chegue até a boca do condenado não morresse até algumas horas depois de hemorragia. Usava-se também cravar a estaca pelo abdômen.
Esse tipo de tortura foi vastamente utilizada por diversas civilizações no mundo inteiro, sobretudo da Arábia e Europa. Os assírios da Antiguidade, conhecidos por inventarem diversos métodos de tortura dos mais cruéis, séculos antes de Cristo, empalavam rivais derrotados em guerras e civis que cometiam certos crimes.
Crânio possui um tijolo na boca, usado para impedir que possíveis vampiros se alimentassem de outros cadáveres
VAMPIRISMO
O vampirismo é uma lenda presente desde tempos remotos e em diversas regiões, no entanto, no século XVIII assistimos a uma verdadeira avalanche de casos e histórias, quase todas oriundas da Europa Oriental, que colocou em polvorosa a opinião pública e despertou a curiosidade e o espanto de filósofos, religiosos e autoridades governamentais.

Conhecido como o século das luzes, foi uma época em que o saber e a ciência davam passos consideráveis. Pensava-se que a razão tudo explicaria, e que crenças e supertições seriam coisas do passado. Por outro lado, as seitas místicas e esotéricas também aumentavam, o que fazia desta época, um tempo de contradições. Jornais franceses desta época chegaram a estampar reportagens sobre impressionantes histórias, que fazia do vampirismo um assunto dos mais destacados.


A crença em vampiros é universal. Ela é documentada na antiga Babilônia, no Egito, em Roma, na Grécia e na China. 
www.mantodanoite.hpg.ig.com.br/mantoeravamp.htm
pt.wikipedia.org/wiki/Vampiro
www.gothznewz.com.br/.../vampirismo/vampirismo.htm

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