O infarto do miocárdio se dá quando o suprimento de sangue de uma parte do músculo cardíaco é reduzido ou cortado totalmente. Isso acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente.
Com a supressão total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca com consequências desde severas limitações da atividade física até a completa recuperação.
Cerca de 90% dos pacientes que sofreram um infarto do miocárdio, apresentam um ou mais fatores de risco cardiovascular que podem ser modificados . Esses fatores de risco devem ser combatidos, visando evitar complicações futuras, a chamada prevenção secundária. Os principais fatores de risco são : tabagismo ( meta: deverá ser abolido), obesidade ( meta: obter um índice de massa corporal inferior a 25 kg/m2 e uma circunferência abdominal inferior a 80 cm nas mulheres e 94 cm nos homens), dislipidemias ( anormalidades do colesterol e frações ; meta : colesterol total inferior a 200mg/dl, LDL-colesterol ou "colesterol ruim" inferior a 100m/dl ou 70mg/dl em pacientes de muito alto risco , HDL-colesterol ou "colesterol bom" maior que 40 ou 50 mg/dl nos pacientes diabéticos e nas mulheres , triglicerídeos inferiores a 150 mg%), diabete melito (meta: glicemia de jejum menor que 120mg/dl e hemoglobina glicosilada dentro dos limites superiores do laboratório, em geral, até 7mg/dl), hipertensão arterial (meta: pressão arterial ótima , ou seja, abaixo de 120/80 mmHg ou, pelo menos, pressão arterial normal, ou seja, abaixo de 130/85 mmHg), sedentarismo ( meta: exercícios físicos aeróbicos leves a moderados, pelo menos três vezes por semana, 30 a 45 minutos) e estresse psicossocial e depressão ( meta: melhora do quadro com acompanhamento psicológico e, se necessário , uso de medicação).
SAIBA QUE:
60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto dormiam, não se levantaram... Mas a dor no peito, pode acordá-lo dum sono profundo.
Embora dependa de uma variedade de fatores biólogicos e ambientais, a idade mais afetada é a compreendida entre os 40 e os 70 anos. O sintoma é uma dor opressiva, intensa e duradoura que se centra quase sempre atrás do esternos e se estende até os ombros e braços, sobretudo o ombro esquerdo e a parte interior do braço deste mesmo lado. Esta dor é acompanhada quase sempre de sintomas que não são específico do infarto do miocárdio.
Dada a gravidade do processo,é necessário que seja imediatamente hospitalizado,se possível, em uma unidade coronariana de cuidados intensivos, onde será aplicado o tratamento conveniente e se dectará o surgimento de possíveis complicações como o choque ou os transtornos de ritmos cardíacos.
Imagine uma bomba em constante funcionamento, enviando sangue para todo o corpo, se contraindo e relaxando mais de 100 mil vezes por dia. Para que o "motor" não perca a potência, é indispensável um bom suprimento de "combustível", o sangue com oxigênio e nutrientes transportado pelas coronárias, artérias que irrigam o coração.
Ainda que o órgão esteja sadio, uma obstrução no trajeto, dependendo do tamanho, pode fazer o motor engasgar ou "fundir", provocando de angina (dor no peito) a morte súbita. O problema é que, em 40% dos casos de doença coronária, a primeira manifestação é o infarto, com índice médio de mortalidade de 8%, segundo um estudo feito entre 1.600 infartados atendidos pelo Hospital do Coração. Daí a importância de exames preventivos de rotina, que possam identificar aterosclerose precoce a partir dos 35 anos.
Sintomas:
- Dor ou forte pressão no peito
- Dor no peito refletindo nos ombros, braço esquerdo (ou os dois), pescoço e maxilar
- Dor abdominal
- Suor
- Palidez
- Falta de ar
- Síncope (perda temporária de consciência)
- Sensação de morte iminente
- Náuseas e vômitos
Fatores de risco:
- Histórico familiar de doença coronária
- Idade (a partir dos 60 anos)
- Colesterol alto
- Triglicérides elevado
- Hipertensão arterial
- Obesidade
- Diabetes
- Fumo
- Estresse
- Sedentarismo
Como se prevenir:
- Alimentação balanceada (pobre em gorduras animais)
- Praticar exercícios de 30 a 40 minutos de três a quatro vezes por semana
- Manter o peso sob controle
- Exames de prevenção (avaliação clínica periódica, eletrocardiograma de repouso, hemograma, colesterol total e frações, triglicérides, glicose e teste de esforço)
Fontes: Luiz Francisco Cardoso (hospital Sírio Libanês); Marcos Barbosa (Hospital do Coração); Protásio Lemos da Luz (Incor)
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