MÚSICAS INESQUECÍVEIS

sábado, 22 de janeiro de 2011

LIXO ESPACIAL

A colisão entre um satélite russo e outro americano em meados de fevereiro DE 2009 , reacendeu o debate sobre os riscos do acúmulo de lixo espacial para a humanidade. Desde o lançamento do Sputnik, o primeiro objeto a entrar em órbita, em 1957, a evolução tecnológica permitiu que naves, foguetes e outras centenas de satélites explorassem o espaço tranquilamente. Após perderem a utilidade, porém, esses objetos permaneceram no mesmo local e passaram do status de exploradores para o de poluidores espaciais. Atualmente, cerca de 17.000 destroços com mais de 10 centímetros giram em torno do Planeta Terra, provocando colisões e danificando naves.
O que é lixo espacial?
O lixo espacial é composto detritos de naves, combustíveis, satélites desativados, lascas de tinta, combustível, pedaços de mantas térmicas e foguetes, objetos metálicos e até mesmo ferramentas perdidas por astronautas durante as suas explorações espaciais. “O que existe é uma grande nuvem de objetos dos mais variados tamanhos e pesos, desde um grama até toneladas”, explicou Petrônio Noronha de Souza, chefe do laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Até agora, a maior parte dos acidentes com naves, satélites ou astronautas foi provocada por fragmentos oriundos da atividade espacial pacífica. Mas com o início dos testes com armas anti-satélites e do programa Guerra nas Estrelas, dos Estados Unidos, o problema do lixo espacial vem se agravando de forma assustadora.


Em teste realizado com um satélite destruído por um míssil, 275 fragmentos foram registrados em radares, logo após a explosão. Mas deve existir um número muito maior de pequenos fragmentos que não puderam ser percebidos. Há vários exemplos de veículos espaciais danificados por colisões com detritos espaciais. Uma caixa de instrumentos eletrônicos do satélite americano Solar Maximum, recuperada pelos astronautas num vôo da nave Challenger, apresentava 160 perfurações produzidas por lascas de tinta.

Não foi registrado, até hoje, nenhum caso de acidente provocado pela queda de satélites ou de objetos do lixo espacial. O perigo existe, é claro: as 38 toneladas do Saturno passaram sobre Los Angeles pouco antes de caírem no Atlântico, perto dos Açores. Mas é pequeno, Felizmente, parece que o lixo espacial ameaça mais os astronautas em suas naves no espaço do que as pessoas cá embaixo graças ao envoltório gasoso - a atmosfera - que recobre a nave em que viajam, a Terra. Ele consome a maior parte dos fragmentos que poderiam cair aqui.

Há tanto lixo espacial ao redor da Terra que qualquer colisão no espaço pode levar a uma reação em cadeia que destruiria satélites vitais, de acordo com um relatório do Pentágono apresentado ao Congresso dos Estados Unidos. Uma colisão entre dois satélites, por exemplo, poderia resultar em centenas de peças em movimento que poderiam atingir outros equipamentos, segundo informações do Daily Mail.

Um evento desse tipo seria tão desastroso que poderia afetar sinais de TV, a meteorologia, o sistema de navegação global e conexões de telefone internacionais, entre muitos outros serviços.

SAIBA QUE:
Com o objectivo de regular a quantidade de objectos que se encontram na orbita da Terra, uma regulamentação internacional impôs uma duração de vida de 25 anos no máximo para todos os satélites.

Para lá deste período o satélite deve sair da sua orbita e reentrar na atmosfera para ser destruído.

Os satélites geoestacionários orbitam a 36.000km da terra, no fim de vida deverão ser colocados 300km abaixo da sua orbita de missão.

Gravitam em torno da Terra cerca de 10.000 objectos de mais de 10cm, 200.000 objectos entre 1 e 10cm, e 35 milhões de objectos entre 0,1 e 1cm.

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