MÚSICAS INESQUECÍVEIS

sábado, 18 de dezembro de 2010

LÚCIO FLÁVIO O PASSAGEIRO DA AGONIA


Lúcio Flávio Vilar Lírio entrou para a lista de bandidos famosos do Brasil. Nasceu em 1944. Foi morto em 1975. Pouco antes, contou sua vida para o repórter Jorge Oliveira. A partir desse relato, José Louzeiro escreveu o livro Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia, publicado em 1976, do qual nasceu o filme homônimo de Hector Babenco, de 1977.

“Polícia é polícia, bandido é bandido. Não devem se misturar, igual água e azeite.” A frase é de um dos criminosos mais famosos do Brasil, Lúcio Flávio, que apavorou o Rio de Janeiro durante os anos 1970.

De família de classe média alta, começou a “carreira” ainda adolescente. Tornou-se líder de uma quadrilha de roubo a banco, carros e lotéricas. Mas ficou famoso pelas 18 fugas espetaculares, inclusive de presídios de segurança máxima.

Pouco antes de morrer, em 1975, aos 31 anos, denunciou policiais que participavam de grupos de extermínio, ajudando a desmantelá-los.

Com QI acima da média (131), Lúcio Flávio Vilar Lírio virou bandido em 1968, depois de ver interrompida sua candidatura a vereador em Vitória (ES-BRASIL) pelo golpe militar. Aos 30 anos, colecionava 32 fugas, 73 processos e 530 inquéritos por roubo, assaltos e estelionato.
Dizia que seus vários crimes foram originados pela raiva à polícia e à ditadura militar, depois que policiais do DOPS invadiram uma festa de casamento de sua família na época de sua adolescência, espancando e humilhando seus pais. Cometeu vários roubos à banco e assaltos, foi preso e passou a maior parte de sua mocidade no presídio de Dois Rios, na Ilha Grande, hoje desativado. Foi assassinado por um companheiro de cela em 1975.

Lúcio Flávio, o bandido, foi bem mais que um marginal de sucesso. Filho de uma família da classe média (o pai Oswaldo, funcionário público, trabalhou como cabo eleitoral de Juscelino Kubitschek), teve opções na vida. "Ele podia pintar quadros e lia Fernando Pessoa na prisão", conta o escritor José Louzeiro, autor do livro no qual o filme se baseia, "O Passageiro da Agonia", lançado em 1975. Segundo Louzeiro, não foi apenas por uma questão de carisma que Lúcio Flávio chegou a liderar uma quadrilha de cinqüenta elementos, dos quais 49 foram mortos. "Ele era um assassino frio e extremamente violento", acrescenta, com o conhecimento de quem entrevistou Lúcio Flávio várias vezes nos presídios do Rio.

HISTÓRIA:
Em 1969, é desbaratada uma nova quadrilha de ladrões de carro, no Rio de Janeiro, e Lúcio Flávio é identificado como membro. Não apenas como simples integrante, mas como figura principal, posição que ocupou após o assassinato do líder da quadrilha Marcos Aquino Vilar, crime do qual Lúcio era o principal suspeito.

Foi nesse homicídio que pela primeira vez apareceu ao lado do corpo o desenho da caveira, que mais tarde foi identificado como o símbolo do Esquadrão da Morte. É dessa época que vêm as ligações de Lúcio Flávio com um dos policiais acusados de pertencer ao Esquadrão da Morte, Mariel Mariscot de Matos.

O Esquadrão da Morte foi uma organização surgida no final dos anos 1960 que eliminava supostos bandidos comuns (não os chamados subversivos).



Começou no antigo estado da Guanabara comandado pelo detetive Mariel Mariscot, um dos chamados "12 Homens de Ouro da Polícia Carioca", e se disseminou por todo o Brasil. Em geral, os seus integrantes eram políticos, membros do Poder Judiciário, policiais civis e militares e era mantida, via de regra, pelo empresariado.

A mais famosa organização foi a "Scuderie Le Cocq", cujo nome homenageava o detetive Milton le Cocq, que foi perdendo importância ao longo da década de 1990 no estado do Rio de Janeiro devido a ação de membros que agiam sem controle, bem como faziam a segurança de contraventores.

3 comentários:

  1. SE A GLOBO QUER AUDIÊNCIA, BOTA ESSE FILME!!!!

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  2. Belo blog! a propósito,como faço para rever os filmes das decadas de 70 e 80, por exemplo Lucio Flávio entre outras produções nacionais, nas locadoras não existem esses filmes disponiveis.

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  3. Belo blog! a propósito,como faço para rever os filmes das decadas de 70 e 80, por exemplo Lucio Flávio entre outras produções nacionais, nas locadoras não existem esses filmes disponiveis.

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