MÚSICAS INESQUECÍVEIS

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

VÔO 571 - 38 ANOS PASSADOS DA TRAGÉDIA NOS ANDES .

A tragédia dos Andes começou no dia 13 de outubro de 1972. Uma falha no motor provocou a queda do Fairchild quando o avião (avião Fairchild FH-227D, prefixo T-571, da Força Aérea uruguaia  rumo ao Chile no voo 571)  sobrevoava a cordilheira, com 45 pessoas a bordo: cinco tripulantes e 40 passageiros - jovens jogadores de um time uruguaio de rugby, o Old Christians, que faria uma partida em Santiago, acompanhados de parentes e amigos. Vinte e uma pessoas morreram na queda ou em conseqüência dela. Dos outros 24, oito seriam soterrados alguns dias depois, vítimas de uma avalanche. Os restantes, duas vezes sobreviventes, ainda tiveram que superar uma notícia desastrosa, ouvida do rádio ligado à bateria do avião: as buscas, depois de oito dias, estavam sendo suspensas. 

Este acidente aéreo provocou um debate mundial em torno de um dos maiores tabus da Humanidade: o canibalismo. Foi comendo carne humana, como se soube depois, que os sobreviventes da queda deste aviaão Fairchild da Força Aérea do Uruguai conseguiram manter-se vivos durante 69 dias nas montanhas geladas entre Montevidéu e Santiago, até serem resgatados por helicópteros chilenos. 

O canibalismo se caracteriza pelo consumo de partes do corpo de um indivíduo da mesma espécie. Existem evidências de que o canibalismo já esteve presente na África, América do Sul, América do Norte, ilhas do Pacífico Sul e Antilhas. 


Ao longo da história, as causas mais comuns que levaram à prática do canibalismo foram os rituais e as crenças místicas indígenas. Em algumas tribos acreditava-se que quando o indivíduo comia a carne de outro, ele recebia toda a sua força e poder. Por esse motivo, os astecas sacrificavam e comiam os guerreiros prisioneiros de guerra de outras tribos para assim possuir suas habilidades. 

A maioria resistiu ao acidente - o avião caiu na neve. Difícil mesmo foi sobreviver às nevascas, ao frio e à fome. Durante alguns dias, as autoridades fronteiriças procuraram sem êxito os destroços e passageiros e logo deram por encerradas as operações de resgate. 
Totalmente isolados e sem suprimentos, os sobreviventes se viram diante de um dos maiores dilemas éticos de que se tem notícia nos últimos 30 anos: a escolha entre padecer de fome e frio ou a desesperada tentativa de resistência comendo carne humana. 
Não foram poucos os que se recusaram ao canibalismo - entre os mortos havia familiares, amigos, gente conhecida. A maioria, entretanto, curvou-se à força das circunstâncias. Com o passar das semanas, as tentativas de contato via rádio foram completamente descartadas do mesmo modo que não havia mais qualquer perspectica novas operações de busca. Terminados os piores dias de inverno, restou-lhes a desesperada tentativa de superar a fraqueza e caminhar sobre a impressionante cadeia de montanhas nos Andes até encontrar ajuda no Chile. Dois deles conseguiram o feito, quando ninguém mais imaginava que ainda restassem vivos entre os passageiros daquela aeronave. Mais de 60 dias após o acidente, as autoridades resgataram os demais sobreviventes. 

Começava o dramático resgate, a cargo de helicópteros do Serviço de Salvamento do Chile. Os sobreviventes foram retirados depois de uma arriscada operação aerotransportada, feita pelos helicópteros sob uma tempestade de neve. A região onde caiu o avião "Fairchild", está localizada a 70 km da aldeia de San Fernando e a 140 km ao sul de Santiago. Denominada "El Perejil", é totalmente inóspita, açoitada por tempestades de neve freqüentes e de longa duração.

"Após o resgate, autoridades do governo uruguaio aconselharam os jovens a não contar como tinham sobrevivido, “que a verdade, se pública, os assombraria para sempre”. Na época, Nando Parrado e Roberto Canessa, os expedicionários que conseguiram atravessar os Andes e pedir socorro a um montanhista, se negaram a esconder os fatos. Os relatos também detalham a rotina do grupo e sua estratégia de sobrevivência. Os integrantes dessa “sociedade da neve” – como eles se autodenominaram – concordaram em explicar como lidaram com o maior tabu envolvido no desastre: a ingestão de carne humana. A decisão foi tomada após o décimo dia do acidente, quando eles ouviram no rádio (que funcionou durante algum tempo) a notícia de que o resgate havia sido encerrado". 

www.istoe.com.br/.../81149_O+RELATO+INEDITO+DOS+SOBREVIVENTES+DOS+ANDES 
wwwdesideratum.blogspot.com/.../sobreviventes-de-acidente-de-avio-no.html

3 comentários:

  1. Quando esse acidente aconteceu eu nem sonhava em nascer ainda, mais esse fato chocou a população e mesmo depois de muitos anos, causa diversos sentimentos em que quer explorá-la. Admiro muito o povo uruguaio, em especial aos 16 guerreiros que sobreviveram a um ambiente desumano, eles fizeram o que tinham de fazer para estar vivos, não foi questão de escolha. optaram pela vida e por isso merecem o respeito de todos.

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  2. Vi um documentário sobre o caso, e me impressionei com o fato. Foi incrével como eles sobreviveram, em uma situação sub-humana, lutaram além dos limites. Essa história mostra pra qualquer um de nós que o ser humano não tem limites na esperança, e na luta pela vida. Fascinante!

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  3. Vi o documentário há dois dias. Fiquei impressionado com o local do acidente. Não imaginava quão inóspito é aquele local. Já vi a cordilheira em filmes e até em fotos, mas ali era real. Pessoas tentando sobreviver a todo custo em péssimas condições climáticas,com fome e frio. Chorei vendo as pessoas emagrecerei. Um deles fora resgatado com 25 kg. Mas o fato que me emocinou mesmo foi ver a coragem e a determinação de Nando Carrado e Roberto Canessa ao levarem 3 dias e 3 noites para atravessar uma montanha de mais de 300 metros de altitude sem comida e sem água, conseguindo assim salvar os outros 14 restantes sobreviventes. A fé remove montanhas, e a fé que Nando e Roberto tiveram os livraram da morte.

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